A deputada estadual Suzana Azevedo parece estar decidida a não permanecer no PSC por se considerar “traída” pelo chamado “presidente de honra” do partido, Edvan Amorim, que optou por determinar aos deputados estaduais da sigla partidária apoiar o nome do advogado Clóvis Barbosa para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas de Sergipe em detrimento da sua indicação. Observem a contundência das palavras de Suzana Azevedo: “Não há mais condição de convivência no partido. Edvan Amorim não me comunicou da decisão do governador. Marcelo Déda anunciou o nome de Clóvis Barbosa em uma sexta-feira e ele só convocou uma reunião com os membros do PSC na segunda-feira posterior. Portanto, não achei que o processo foi feito de forma transparente. Deveria sim ter sido informada de todos os acontecimentos. Agora, seja o que Deus quiser”.
Tudo leva a crer que esse caso é mais um a figurar na extensa relação de “puxadas de tapete na própria sala de estar do dito cujo” que emoldura a classe política sergipana ao longo dos anos. Deixando de lado o justificável inconformismo de Suzana Azevedo, uma questão intrigante emergiu desse imbróglio e que até agora é desconhecida por todos, à exceção de Edvan Amorim e dos deputados do seu partido: quais foram os argumentos usados pelo governador Marcelo Déda para convencer a direção e os parlamentares do PSC a deixar Suzana Azevedo a “ver navios” para apoiar a indicação de Clóvis Barbosa? Já que a “reviravolta” aconteceu durante um almoço no Palácio de Veraneio, é possível formular algumas possibilidades. Teria sido o tempero do feijão? O filé “de primeira”? A sobremesa “dos deuses”? O cafezinho “extra forte”? Somente que saboreou essas iguarias culinárias poderá dar a resposta.
Pesquisa e cassação
Circulou ontem a informação de que o governador Marcelo Déda esteve reunido com os secretários para informar que uma recente pesquisa de opinião apontou uma queda vertiginosa de cerca de 20% na avaliação positiva do governo do estado. Em função desse resultado, o governador fez um apelo dramático aos seus auxiliares que imprimam um ritmo mais acelerado na execução de obras e na prestação de serviços para tentar reverter a situação. Também foi ventilado que nessa reunião com o secretariado, o governador Marcelo Déda admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de ter seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Em defesa do SUS
A Confederação Nacional das Associações de Moradores e Entidades comunitárias do Brasil – CONAM Brasil, realizará em Aracaju, de 17 a 19 de abril, o programa de capacitação “Lideranças Comunitárias do Brasil em Defesa do SUS – A saúde que nós queremos!”, com o apoio do Ministério da Saúde e do SUS. O evento será realizado no Hotel D`Burguês, na orla da Atalaia.
Visão da comunidade
A idéia do programa é ampliar a visão dos lideres comunitários, valorizando a sua capacidade de discutir os valores e os bens públicos a serem fruídos como resultado da conquista de um direito social: a saúde de qualidade, integral, universal, humanizada e equitativa. É objetivo também do encontro identificar o papel dos lideres comunitários na construção do SUS e, ao mesmo tempo, buscar atender as expectativas do movimento, propiciando reflexão critica sobre os avanços e desafios do SUS e, assim, melhorar a interlocução entre o sistema e a sociedade civil organizada.
Soltando o verbo
“O governador Deda já quase na metade do seu terceiro ano de gestão e continua apenas conversando muito e pouco fazendo”.
Deputado estadual Arnaldo Bispo
Para reflexão:
“O melhor da felicidade é esperar por ela”. (Edgar A. Poe)
BASTIDORES - CORREIO DE SERGIPE