Todas as categorias e representantes dos servidores públicos municipais, que se encontram em greve, realizaram, na manha desta quinta feira (16), um ato em frente a Câmara Municipal de Aracaju. Os professores, agentes de saúde, enfermeiros e funcionários da administração do município, fizeram mais uma vez a “queima do Judas”.
Os manifestantes “queimaram” simbolicamente os 14 vereadores que votaram a favor do reajuste de 1% concedido pelo prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB).
Com cartazes nas mãos com e dizeres como “Procura-se os fujões” e “Traidores”, os grevistas ocuparam a frente da Câmara durante toda a manhã de hoje, porem os vereadores se mantiveram alheios aos gritos de protestos dos manifestantes, realizando a sessão ordinária da CMA, como se tudo estivesse correndo normalmente fora do prédio.
No final da sessão apenas os vereadores que votaram contra o projeto de reajuste, usaram a porta da frente para saírem da Cãmara. Os restantes dos vereadores, com medo de represálias dos manifestantes, saíram pelas portas do fundo.Nesta sexta-feira (17), os grevistas voltarão a se reunir, desta feita na Praça Camerino a partir das 8 horas. O objetivo é informar a população sobre os motivos das greves que paralisou boa parte dos serviços da administração municipal.
Ilegalidade
A Prefeitura de Aracaju deu entrada no Tribunal de Justiça, nesta quarta-feira (15), com um pedido de ilegalidade da greve dos servidores municipais.
Segundo o prefeito Edvaldo Nogueira, esse foi o percentual máximo que o município pôde conceder, uma vez que no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2008, houve drásticas reduções no recebimento de royalties (-36%) e no repasse federal referente ao Fundo de Participação dos Municípios (-20%). No último caso, a perda em termos absolutos foi de R$ 7,2 milhões.
Fonte: Faxaju