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Petrobras busca sócio para explorar potássio no Amazonas

28/4/2009

O modelo de associação ainda não está definido, mas Costa garantiu que a Petrobras deverá ser majoritária no projeto. Atualmente, a empresa tem direitos minerários de potássio em Sergipe arrendados à Vale, além de ter duas unidades produtoras de uréia e amônia na Bahia e no Sergipe.

RIO - A Petrobras pretende se associar a empresas interessadas em explorar potássio no Amazonas. A estatal detém o direito minerário de uma área no município amazonense de Nova Olinda e vai enviar em dez dias uma proposta de negócios para companhias interessadas, que terão 60 dias para responder.

O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, não revelou que empresas receberão os convites, mas ressaltou que um dos objetivos é reduzir a dependência brasileira de fertilizantes produzidos no exterior.

O modelo de associação ainda não está definido, mas Costa garantiu que a Petrobras deverá ser majoritária no projeto. Atualmente, a empresa tem direitos minerários de potássio em Sergipe arrendados à Vale, além de ter duas unidades produtoras de uréia e amônia na Bahia e no Sergipe.

"A intenção do governo é de que essas minas (no Amazonas) fiquem com empresas brasileiras", disse. "Mas não temos mais experiência na exploração nacional", acrescentou.

O executivo frisou que o modelo de exploração da área no Amazonas ainda não está definido e vai ser discutido diretamente com as empresas que responderem à chamada da Petrobras.

Costa confirmou ainda que a terceira unidade produtora de fertilizantes nitrogenados (amônia e uréia) deverá entrar em operação em 2013, com capacidade de produção de 1 milhão de toneladas por ano. O projeto básico da fábrica deve estar finalizado em até 20 dias, quando será levado para a diretoria com opções de localidades onde a fábrica poderá ser instalada, a um custo estimado de US$ 2 bilhões.

As duas unidades produtoras de fertilizantes nitrogenados da Petrobras colocam no mercado anualmente 1,1 milhão de toneladas por ano, para uma demanda no país de 2,5 milhões de toneladas.

"Se a fábrica entrasse em operação hoje, seria suficiente para suprir o mercado nacional, mas até 2013 a demanda vai crescer", destacou Costa.

(Rafael Rosas | Valor Econômico) - apud O Globo