O consumidor “formiguinha”, aquele que vai construindo aos poucos o imóvel, ainda não sentiu os efeitos da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). São 30 itens listados pelo governo federal que tiveram a alíquota reduzida e em alguns casos, zerada, como o cimento. É que o desconto, em média de R$ 0,70 por saca de cimento, acaba se perdendo quando a compra é pequena.
A redução do IPI para materiais de construção foi anunciada em fevereiro. Na semana passada, a lista de produtos com redução na alíquota foi ampliada e conta hoje com 30 itens, entre eles, cimento, pias, vasos sanitários e tintas. No caso de cimento, a alíquota de 4% caiu para 0%. O IPI cobrado sobre as tintas e pias, também não será mais cobrado.
O comerciário Mauro Dantas, está construindo uma casa no Robalo. Ele compra em média 15 sacos de cimento por mês, e vai erguendo o imóvel aos poucos. “Ainda não senti essa tal de redução desse imposto. Acho que só vale, mesmo, para as grandes construtoras que compram muito”, disse.
O pedreiro, Antônio Fernando Santos, tem a mesma opinião. Há três anos, ele vem construindo uma casa no bairro Porto D’Anta, e espera estar com ela pronta até o final do ano, quando está de casamento marcado. “Eu me animei com a notícia, mas quando fui comprar o piso, o cimento e as tintas, para dar o acabamento na casa, não vi economia”, falou. Segundo ele, o que deu para economizar foi menos de R$ 50.
Mas, para o diretor executivo da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção em Sergipe, Jailson Menezes, a medida é boa e serviu para evitar demissões no setor e melhorar a economia do país. Ele disse que, apesar da redução, as vendas estão estáveis. “Mas, se não tivesse sido adotada essa medida, as vendas não estariam estáveis, mas em queda”, falou.
Jailson Menezes, que responde, também, pela diretoria de expansão da Associação Nacional de Comerciantes de Materiais de Construção, disse ainda que a medida já está sendo aplicada em Sergipe. O problema é que é preciso comprar uma quantidade significativa para fazer valer a pena a redução.
Fonte: Jornal da Cidade