Nem mesmo a Secretaria de Estado da Segurança Pública está a salvo da ação da marginalidade. Na manhã de ontem, o chefe do setor de rádio da SSP/SE prestou queixa na Delegacia Plantonista informando sobre o arrombamento da sala em que trabalha – no prédio da secretaria e bem próximo ao gabinete do secretário – e o furto de radiotransmissores. Até o final da tarde de ontem, a Assessoria de Comunicação do órgão estadual não sabia informar o que ao certo fora levado do local, tampouco a quantidade subtraída. Estimava-se, a princípio, o furto de sete rádios. “Mas ainda não nos fora passada a quantidade exata”, comentou a assessoria, que também não soube informar o valor do prejuízo, confirmando que os aparelhos são mais utilizados pelos policiais civis.
Ainda de acordo com o Setor de Comunicação da SSP, o responsável deu por falta do material no início da noite da última segunda-feira, quando foi comunicar o fato ao secretário Kércio Pinto. O comentário que circula entre os funcionários da instituição é de que não havia a necessidade de prestar queixa na Delegacia Plantonista, afinal de contas este foi um problema que aconteceu internamente, que poderia ser resolvido na esfera administrativa, não criminal, e cujo registro põe em xeque a imagem da instituição enquanto responsável pelo bem-estar e segurança da sociedade.
“Mas já que houve a queixa-crime, que as coisas sigam os trâmites necessários, pois o secretário da Segurança Pública quer a devida apuração do fato e a punição para os responsáveis”, declarou a assessoria. No blog do jornalista Douglas Magalhães, ele disse que essa é “a primeira vez na história de Sergipe que tal fato acontece. Isso demonstra claramente que a segurança vai de mal a pior”, escreveu.
Fonte: Jornal da Cidade