O coordenador do Dieese e economista, Luis Moura, atendeu ao convite formulado pelo líder da bancada de oposição na Assembléia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), e na manhã desta quarta-feira (06) ocupou a tribuna em uma sessão especial quando, munido de um conjunto de índices, fez uma explanação para os deputados sobre a realidade financeira do Estado. Durante o debate com os parlamentares, o economista foi taxativo em assegurar que o governo de Marcelo Deda (PT) tem condições de anunciar em breve um reajuste salarial que atenda a expectativa dos servidores públicos.
Luis Moura colocou que o governo petista tem uma folga para conceder um reajuste de até 15,8%, respeitando aí o limite prudencial, sendo que o governador tem ainda a possibilidade de conceder um reajuste de 21,8%, caso pretenda chegar ao limite máximo. Pelo último relatório do quadrimestre nós chegamos a este percentual e aí cabe ao governo do Estado, junto com a entidade que representa os servidores públicos, chegar a um entendimento sobre qual será o reajuste a ser concedido aos trabalhadores.
O economista também explicou que a crise econômica mundial não deve atrapalhar o governo petista de conceder um bom reajuste. Nós tivemos uma queda do Fundo de Participação dos Estados (FPE) de 7,2% de janeiro a maço, isso comparado com o mesmo período em 2008, mas também houve um aumento do ICMS nessa mesma proporção. É claro que uma coisa não compensa a outra, mas há essa possibilidade de você melhorar os salários dos servidores públicos. A crise chegou em Sergipe por duas formas: primeiro com o aumento das demissões e segundo com a queda do FPE. Sobre os demais indicadores financeiros nós não percebemos a crise com a gravidade que estava se apregoando, completou.
Luis Moura enfatizou que tomou por base de dados o exercício de 2008. Isso porque foi o último relatório divulgado pelo governo do Estado. Por esse relatório, o Estado gasta 40% da sua receita corrente liquida com os salários dos servidores. Poderia gastar 46% (limite prudencial) e 49% (limite máximo). Até 31 de maio será divulgado um novo relatório e aí nós saberemos exatamente qual é a nova realidade financeira do Estado. O entendimento não é difícil com as categorias, agora é preciso o diálogo.
Governo - Segundo o assessor de comunicação da Secretaria da Fazenda, Elber Andrade, por determinação do governador Marcelo Déda, a secretaria está realizando estudos e simulações para avaliar as possibilidades de concessão do reajuste salarial do funcionalismo publico. O prazo para conclusão desses estudos é até o final da primeira quinzena de maio. Ainda de acordo com o Elber Andrade, o governador definirá o percentual até o final do mês, quando deverá anunciar aos servidores .
Fonte: Faxaju