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Evento reunirá 200 pesquisadores e técnicos ligados a biofortificação em Aracaju

13/5/2009

Cerca de 200 pessoas estarão em Aracaju (SE), entre os dias 31 de maio e 5 de junho, para a III Reunião Anual da Biofortificação no Brasil 
 
Este ano, o encontro terá uma programação intensa com lançamento de dois novos produtos: a mandioca Jari com maiores teores de betacaroteno (pró-vitamina A) e uma cartilha sobre cultivo e consumo de batata-doce. O evento também mostrará os avanços da pesquisa nas culturas do arroz, feijão, feijão-caupi, trigo, milho, abóbora e batata-doce com o objetivo de obter novas cultivares com maiores teores de ferro, zinco e betacaroteno. Esses micronutrientes ajudam a combater a anemia e a hipovitaminose A, carências responsáveis pelos problemas de visão e debilitação do organismo que afetam mais de 2 milhões de pessoas em todo o mundo de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e outras autoridades estarão presentes.
 
A Reunião Anual é uma realização da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro-RJ), líder do projeto no Brasil, e Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju-SE). O evento conta com a parceira dos programas HarvestPlus e AgroSalud e apoio das empresas Monsanto, Nestlé, Pepsico e Haloteck Fadel.
 
 
Durante o evento, quatro pesquisadores serão homenageados: Ross Welch (um dos principais cientistas do Robert W. Holley Center for Agriculture and Health do USDA-ARS, Nova York-EUA), Robin Graham da Universidade de Adelaide, Austrália (um dos responsáveis pela criação do programa HarvestPlus), José Eduardo Dutra de Oliveira (pioneiro em Nutrologia/Nutrição Clínica em Medicina) e Malaquias Batista Filho (PhD. em Saúde Pública e professor emérito da Universidade Federal de Pernambuco).
 
 
“Os trabalhos de cada um ajudaram a direcionar a ciência e as políticas públicas em prol da busca por alimentos mais nutritivos como forma eficiente e barata para combater a desnutrição, em especial, nas populações mais pobres da América Latina, África e Ásia”, afirma a pesquisadora Marília Nutti, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, e coordenadora do projeto BioFort e dos programas HarvestPlus e AgroSalud no Brasil.
 
 
Os participantes da III Reunião terão oportunidade de contato direto com as culturas que estão no foco das pesquisas. A programação deste ano terá um Dia de Campo (02.06), no Campo Experimental de Nossa Senhora das Dores onde uma Vitrine Tecnológica foi montada para apresentar o desempenho das culturas do arroz, abóbora, batata-doce, feijão, feijão caupi, milho e mandioca. A Vitrine será a base para instalação de unidades demonstrativas na região que funcionarão como pólo de disseminação de materiais.
 
 
Os pesquisadores interessados em apresentar trabalhos podem inscrevê-los no site
www.cpatc.embrapa.br/biofortbrasil/. No endereço, há mais detalhes sobre a programação e informações sobre a biofortificação de alimentos que, só no Brasil, envolve 10 unidades da Embrapa, universidades, centros de pesquisa e extensão rural, prefeituras, associações de produtores e organizações não-governamentais. Em todo o mundo são cerca de 700 pesquisadores e técnicos envolvidos com o propósito da biofortificação.

Fonte: ExpressoMT/Embrapa