MEC divulga pesquisa realizada junto a 2.657 ex-alunos de 130 instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica
Em um cenário onde a taxa de desemprego está em 9%, atingindo cerca de 2 milhões de pessoas, uma das saídas pode ser fazer um curso em uma das escolas técnicas federais. Isso porque a taxa de empregabilidade daqueles que fizeram alguns desses cursos entre 2003 e 2007 é de 72%. Desses, 65% trabalham em sua área de formação. O número fica ainda maior quando são avaliados apenas os trabalhadores do sexo masculino. Neste caso, o número chega a 71%.
Esses e outros dados constam na pesquisa inédita feita pelo Ministério da Educação junto a 2.657 ex-alunos de 130 instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. A alta absorção dos técnicos, por exemplo, é acompanhada de outras boas notícias: 86% dos ex-alunos estão satisfeitos ou muito satisfeitos com a carreira.
O salário também ajuda, já que 59% dos entrevistados consideram que recebem a média salarial compatível com o mercado e 11% julgam receber quantias maiores que a média. As diferenças são maiores entre os sexos. Apenas 6% das mulheres que fizeram curso técnico acreditam receber mais que a média do mercado. Com os homens, é mais que o dobro: 14%. Já entre os que confirmam receber menos que a média, os homens são minoria, 26%. Entre as mulheres a porcentagem é 37%.
As diferenças regionais são poucas. No nordeste, 38% dos técnicos afirmam que seus salários estão abaixo da média, enquanto que no sudeste esse número é apenas 20%.
A qualidade do emprego também é grande. Dos entrevistados, 59% têm a carteira de trabalho assinada pelo atual empregador, 14% são funcionários públicos concursados e 3% são donos de negócio. Outro fator positivo constatado pela pesquisa é interação das escolas técnicas federais com o arranjo produtivo local das escolas. Prova disso é que 74% dos egressos trabalham em locais distantes até 50 quilômetros dos centros técnicos que freqüentaram.
O governo federal está expandindo a sua rede de escolas técnicas que formam, anualmente, 40 mil técnicos e são agora chamadas de Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia (Ifets). Hoje, o país tem 215 unidades e até 2010 irá concluir as obras de outras 139. O sistema parece estar funcionando já que 87% dos ex-alunos das escolas técnicas afirmam que o curso foi bom ou ótimo. Apenas 1% considerou ruim e ninguém o classificou como péssimo.
Fonte: Mariana Amaro, de INFO Online