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Com dores, Dilma volta para hospital em São Paulo

19/5/2009

Brasília - A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, embarcou no final da noite de segunda-feira (18) em um avião ambulância com destino a São Paulo, onde chegou por volta das 3h da madrugada desta terça-feira (19) ao Hospital Sírio-Libanês.

Em Brasília, mais cedo, a ministra se queixou de dores nas pernas e chegou a receber medicação na veia. Como as dores não passaram, a equipe médica responsável pelo tratamento a que ela está sendo submetida recomendou que ela fosse imediatamente levada para um hospital para a realização de exames na capital paulista.

Dilma passou a segunda-feira no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, no gabinete em que vem trabalhando desde o início da reforma no Palácio do Planalto. À tarde, ela se encontrou com o presidente interino José Alencar, o ministro da Integração, Geddel Vieira Lima, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

A ministra só deixou o local às 18h. Na portaria, disse que não daria entrevistas por ter compromissos, sem dar detalhes. Seguiu então para o Hospital das Forças Armadas, onde recebeu analgésicos. À noite, quando Dilma estava a caminho de São Paulo, o Palácio do Planalto informou que as dores já haviam passado e o motivo da viagem era a necessidade de uma avaliação médica.

Reclamações

Na última sexta-feira, a ministra disse que se sentia bem após ter passado pela segunda sessão de quimioterapia, realizada na quinta-feira em São Paulo. Potencial candidata à sucessão presidencial em 2010, Dilma revelou em 25 de abril ter um câncer linfático. No total, ela terá de fazer tratamento quimioterápico a cada três semanas durante quatro meses para combater a doença. As dores, segundo a equipe médica, podem ser uma reação ao tratamento.

Em entrevista concedida na Base Aérea de Brasília depois de se despedir do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que viajou ao exterior, a ministra respondeu as críticas de que sua agenda oficial indicava que ela tinha compromissos em Brasília enquanto a quimioterapia era realizada no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista.

"Eu nunca vou antecipar quando será e quando não será porque é um momento de tratamento. É um momento muito particular", destacou. "Todas eu vou só avisar depois."

Agência Estado apud ABC