O líder da oposição entendeu como grande contradição o fato de alguns sergipanos serem anistiados.
O líder da bancada de oposição na Assembléia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na manhã de hoje (19) para condenar o novo inquérito policial instaurado pelo governo do Estado contra os líderes dos movimentos reivindicatórios dos militares. O novo IPM (Inquérito Policial Militar) está sendo instaurado por causa do movimento das esposas dos policiais que, no último dia 29, realizaram uma grande manifestação pelas ruas do centro de Aracaju, quando cobravam melhores salários e melhores condições de trabalho para seus maridos que as acompanhavam no movimento usando máscaras cirúrgicas, no sentido de darem a conotação que estavam “amordaçados” naquele momento.
Venâncio sugeriu que a bancada de oposição na AL visite os presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Sergipe (OAB/SE), Henri Clay Andrade, e o presidente nacional da OAB, César Britto, para que ambos possam se somar ao movimento dos policiais militares. O líder da oposição entendeu como grande contradição o fato de alguns sergipanos serem anistiados, na tarde de ontem, na área interna do prédio da OAB/SE e, ao mesmo tempo, alguns policiais militares do Estado estarem do lado de fora, fazendo uma grande manifestação contra o que ele entende por imposições, pressões e ameaças do governo.
“No momento de um ato tão democrático para a história de Sergipe, nós vemos aqueles policiais denunciando a essa caravana os atos ditatoriais que estão acontecendo aqui no nosso Estado, onde a PM está reprimida e sofrendo com perseguições de todas as formas. É um governo que ameaça e persegue, autoritário e arrogante, que concede entrevistas ameaçadoras e publicando artigos até no próprio boletim militar. A arrogância é tão grande que o governador quer os militares como capachos de suas vaidades”, colocou o líder da oposição.
Venâncio disse ainda que “se esta fosse uma realidade de um governo de João Alves Filho (DEM) ou de Albano Franco (PSDB), por exemplo, Ana Lúcia (PT) e Francisco Gualberto (PT) já teriam virado o Estado de cabeça para baixo. Hoje eles estão caladinhos diante disso tudo, concordando, até porque eles temem esse governo opressor que reprime os movimentos sociais”, completou, sendo aparteado e elogiado pelos deputados Augusto Bezerra (DEM) e Goretti Reis (DEM).
Alese