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GTX 275 fecha o time avançado da NVIDIA

20/5/2009

Placa de vídeo é uma GTX 295 pela metade e vem para brigar com a Radeon 4890

Para a grande maioria dos mortais, incluindo aí os gamers inveterados, uma placa de vídeo como a GeForce GTX 295 significa exagero em todos os sentidos. Afinal, poucas pessoas têm 2 mil reais sobrando na conta e um monitor violento para aproveitar todo o poder desse brinquedo em resoluções acima do full HD. Então que tal colocar só meia arma de fogo na sua máquina e também pagar metade do preço? Essa é a proposta da GTX 275, que aterrissou em terras brasileiras neste mês.

Após fatiar a melhor placa da atualidade, a NVIDIA ficou com os seguintes números: 240 unidades de processamento, em vez de 480, e memória de 896 MB DDR3, no lugar dos 1 792 MB. Isso se reflete em configurações pela metade em interface de memória, de 448 bits, e também na largura de banda, que fica em 127 GB/s. O resultado é uma taxa de preenchimento de 50,6 GTexels – tudo um pouquinho abaixo do alcançado pela GTX 285, chegando a especificações parecidas com as da concorrente Radeon 4890, a mais nova solução da ATI para alto desempenho com apenas um chip gráfico.

A GTX 275 tem clock efetivo de memória de 633 MHz. Já o clock do processador é de 1 134 MHz. Por essa estrutura e pelo número de núcleos da placa, podemos colocá-la na categoria de segundo modelo avançado da NVIDIA, acima da GTX 260, que possui 192 unidades, e abaixo da GTX 280. Isso condiz com a divisão da linha proposta pelo fabricante, colocando o prefixo GTS nos produtos intermediários quase avançados (como a placa GTS 250, da Zotac, avaliada aqui na última semana).

Uma coisa que chamou nossa atenção negativamente foi a temperatura. Depois de rodarmos benchmarks e jogos, o chip gráfico alcançou absurdos 92º Celsius, enquanto nenhum modelo avançado testado aqui havia chegado aos 80º C. Assim como os demais produtos NVIDIA da nova geração, a placa foi bastante silenciosa – enquanto trabalhava, manteve um barulho de 58 decibeis, quando fizemos a medição a 20 centímetros da saída de ar. Resumindo tudo isso, a notícia é que a fabricante enfim bateu a ATI no desempenho (por pouco) e também no preço, colocando a placa nas lojas por cerca de 1 050 reais, enquanto a 4890 avaliada por nós custa 1 299 reais.

Para verificar o desempenho da GTX 275, rodamos uma série de programas e jogos num computador com a seguinte configuração: processador Core 2 Quad Q6600, de 2,1 GHz, memória de 4 GB DDR3 de 1 333 MHz e disco rígido de 250 GB e 7 200 RPM. Como sempre dizemos, não é uma plataforma para gamers exigentes, mas é um conjunto encontrado aos montes nas lojas, geralmente sem um chip gráfico avançado. Os testes foram feitos sem nenhum overclock.

Nos benchmarks mais importantes, a placa bateu a 4890 com certa facilidade. No melhor programa para avaliar o conjunto com gráficos em terceira dimensão, o 3DMark Vantage, o modelo da NVIDIA alcançou 12 980 pontos, enquanto o da ATI fez 9 380. Mas em outros três programas, perdeu: foram 16 236 pontos no 3DMark06, 12 833 no 3DMark05 e 3 300 no CineBench, um aplicativo de modelagem. Aqui a vitória da Radeon foi tranqüila, pois a 4890 conseguiu 4 935 pontos.

Nos jogos, a placa ficou exatamente onde deveria: entre GTX 260 e 285, ganhando da concorrente direta. Com todos os recursos no talo e resolução de 1 680 por 1 050 pixels, num monitor LG Flatron Wide, conseguimos 15 quadros por segundo no Crysis, de acordo com o benchmark embutido no título. O resultado também foi ótimo nos outros jogos. Foram 62 FPS no Call of Duty – World at War, 59 FPS no FarCry2 e 56 FPS no Left4Dead

A nossa conclusão em relação a esse monte de números é a seguinte: com a GTX 275, a NVIDIA fecha uma trinca de peso no segmento de placas de vídeo avançadas, juntamente com suas irmãs GTX 285 e 295 (OK, pode colocar aí também a 280, que está no meio do caminho, e a 260, mais simples). Se já ganhava no chamado high-end, agora chega junto da ATI num setor do mercado em que o custo/benefício conta muito. Com uma plataforma AMD, ainda pode valer a pena investir numa solução como a Radeon 4890, pois o conjunto trabalha de um jeito redondo com todos os componentes “em casa”. Em outros casos, você pode escolher por seu fabricante preferido, levando também em conta o preço.


Marco Aurélio Zanni, de INFO Online