Envergando coletes vermelhos com a inscrição “Tolerância Zero” e bexigas pretas nas mãos, dezenas de policiais militares ocuparam ontem as galerias da Assembléia Legislativa para, mais uma vez, demonstrar indignação e revolta pelo tratamento que vêem recebendo do governo do estado. Dois fatos se destacaram durante a manifestação dos PMs. O primeiro, foi o registro de uma das mais contundentes declarações de um seus representantes ao afirmar, sem tergiversar, que os policiais militares querem equiparação salarial com os policiais civis e que só irão parar se manifestar publicamente quando o governo estadual atender suas reivindicações.  Foi o mesmo que dizer “sem equiparação salarial não tem conversa e ponto final.

Outro fato assombroso acontecido na mesma sessão plenária foi a ausência do líder do governo na Assembléia, deputado Francisco Gualberto (PT), que tanto defende a administração estadual afirmando que os policiais militares nunca tiveram aumentos de salários tão grandes quanto no governo Marcelo Déda. Ninguém quis dizer abertamente que Francisco Gualberto “fugiu do pau”, mas essa opinião era perceptível nas expressões dos principais representantes dos PMs.

Se o deputado petista fugiu ou não do encontro com os policiais militares, é assunto de pouca relevância. O que verdadeiramente importa é o comportamento do governador Marcelo Déda diante da posição dos PMs em não arredar pé da reivindicação que envolve a equiparação salarial com os policiais civis. Mais do que nunca, Marcelo Déda, um homem público compenetrado e consciente da sua responsabilidade enquanto governador do estado, precisa refletir profundamente e adotar a melhor decisão em benefício, antes de tudo, da população sergipana. Ninguém pode deixar de sentir calafrios e as mãos trêmulas só de pensar na possibilidade de um estabelecimento de confronto aberto entre a Polícia Militar e o governo estadual. É um pensamento que faz qualquer cidadão ficar no chão colocado e com cabelo arrepiado.

 Mas, não é necessário sofrer tal aflição antes do tempo. Todos devem ter confiança de que o governador Marcelo Déda vai saber resolver o problema no mais breve espaço de tempo possível. Com essa esperança, roguemos aos anjos do céu que tudo acabe bem. A bandidagem não pode ganhar esse jogo logo no primeiro tempo.           

Terceirização no Banese
                 
O Sindicato dos Bancários de Sergipe vai ingressar na Justiça do Trabalho com uma ação contra o Banco do Estado de Sergipe e sabe qual é o motivo? O leitor não vai acreditar. Os sindicalistas estão protestando por causa do processo de terceirização que está sendo implantado no Banese. Segundo o presidente do sindicato, José Souza, a diretoria do banco está substituindo os caixas por funcionários do Banese Card, que não são bancários, mas fazendo todas as movimentações financeiras. De pronto, a presidência do Banese informou, sem qualquer constrangimento, que é decisão da diretoria continuar com as  terceirizações nos postos Banese, argumentando que se trata de ajustes e que essa discussão está encerrada. Quem imaginaria que no governo petista tal situação ocorreria? Logo a terceirização tão condenada e repudiada pelo PT no passado recente. É mais um capítulo da inquietante novela “As voltas que o mundo dá”. 

E-mails de vereadores

A partir de agora, a população aracajuana poderá entrar em contato com qualquer vereador da capital através da Internet. Todos já possuem o seu endereço eletrônico e quem desejar saber os e-mails dos vereadores deve acessar o site da Câmara Municipal de Aracaju.   

Soltando o verbo      

“A Petrobras é caso de auditoria, não de CPI”.

Vice presidente José Alencar

Para reflexão:
“Enganam-se aqueles que pensam que as aparências enganam”. (H. P. Lovecraft)