CASO GOVERNO E SINTESE FECHEM O ACORDO, DÉDA ANUNCIA AUMENTO NESTA QUINTA
26/5/2009
O governador Marcelo Déda (PT) declarou nesta terça-feira (26) que se resolver a questão do Sintese - Sindicato do Professores - nesta quarta-feira (27), ele anuncia o aumento na quinta-feira (28). A Mesa de Negociação do Governo esteve reunida com representantes do Sintese, e o resultado foi favorável ao entendimento. A declaração do governador aconteceu na abertura da Feira da Industria e Inovação Tecnológica (Fitec).
Os representantes do Governo e Sintese sentaram-se à mesa na Secretaria da Educação. Os secretários José Fernandes de Lima (Educação), João Andrade (Fazenda) e Jorge Alberto (Administração), se reuniram com os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Sintese), para discutir a integralização do pagamento do piso nacional dos professores. Também participou da reunião, ocorrida na sede da SEED, a deputada estadual Ana Lúcia (PT).
Dentre as propostas apresentadas pela SEED, está a incorporação de parte da regência de classe ao salário base do magistério, para alcançar o piso de R$ 950,00. Esta sugestão foi aceita preliminarmente pelo Sintese, que também sugeriu a redução ou eliminação de algumas gratificações que são utilizadas na gestão das escolas. Uma nova audiência será marcada, após os secretários e sindicalistas fazerem uma análise mais apurada das propostas apresentadas. Se acontecer ainda nesta quarta-feira (26), o governador anunica o aumento na quinta
Calculos - Segundo cálculos de um funcionário público de bom escalão, o governador Marcelo Déda não deve conceder aumento superior a 5%, principalmente se não for linear. A expectativa dos servidores é que chegue muito acima desse percentual. Mas, dentro dos cálculos do secretário da Fazenda, João Andrade, se o aumento for de 3,5% já atingirá o limite prudencial.
Já uma fonte da Secretaria da Fazenda revela que o governador Marcelo Déda continua querendo trabalhar com folga de caixa, como o faz desde que assumiu o Governo: “só que agora não será possível em razão da queda da arrecadação”.
Segundo ainda a fonte da Fazenda, “nem de longe o governador chegará próximo ao que calculou o Dieese, o que seria em torno de 11%, que não seria o ideal, mas chegaria a um aumento razoável do salário do servidor, que está defasado”.
Um servidor da Assembléia Legislativa disse que o governador Marcelo Déda não pode mais contabilizar desconfiança da sociedade, porque ele já percebeu que as pesquisas demonstram descontentamento. Além disso, o PT já não tem muita importância para os professores, em razão do desgaste deste período em que está em discussão o piso salarial.
Os servidores também não aceitam o aumento diferenciado por classe. Alguns segmentos que não têm poder de pressão, estão insatisfeitos porque sempre sobre para eles os menores percentuais. Policiais e professores “põem o governador na parede e ele cede, mas os burocratas e técnicos como engenheiros, economistas, contadores, não têm esse poder e são abandonados pelo Governo”, disse.
Na Assembléia Legislativa ainda não se tem uma ideia de quando o decreto do aumento do servidor será enviado: “isso depende do governador”, disse o seu presidente, deputado Ulices Andrade. Os servidores esperam que Déda envie até sexta-feira, mas todos acham difícil porque ainda há conversas com o Sintese e provavelmente os cálculos ainda não foram processados.
Caso o governador Marcelo Déda resolva enviar o percentual de aumento na próxima semana, retroativo a maio, incidirá imposto de renda em boa parte dos funcionários, o que não será aceito pela classe.