50 funcionários dos Correios pedem demissão em Sergipe
27/5/2009
Os Correios em Sergipe vão dispensar, a partir de 1º de junho, 50 funcionários da empresa. Esse número corresponde a 5,93 do efetivo geral. O número, confirmado pelo assessor de comunicação social da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), José Ginaldo de Jesus, corresponde aos trabalhadores que aderiram ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) da companhia no Estado, direcionado a funcionários com pelo menos, dez anos de experiência e idade mínima de 50 anos.
De acordo com ele, desses 50 que aderiram ao PDV dos Correios, 47 já eram aposentados pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). “Com isso, o impacto no desenvolvimento das atividades na empresa não será grande. Além disso, somente três carteiros que estavam efetivamente na entrega de correspondências aderiram ao PDV e os Correios vão repor todos eles”, garante.
Segundo ele, os Correios têm hoje, 843 funcionários efetivos no Estado. Desses, 61 estão afastados por motivo de licença médica, o que significa que ativos hoje em Sergipe são 782. “O ECT é a maior empresa que tem funcionários aposentados pela Previdência e na ativa. Por conta disso, há necessidade de dar reciclagem, oxigenação. E pela estrutura de cargos e salários, essas pessoas (que aderiram ao programa) conquistaram um cargo maior. Portanto, o programa é bom para os funcionários, porque traz benefícios, e para a empresa que irá economizar com as novas contratações”, disse Ginaldo.
Com as demissões do PDV, a ECT em Sergipe já planeja convocar aprovados no concurso realizado em fevereiro do ano passado, para contratação de novos funcionários. Ginaldo garante que o PDV não irá prejudicar o trabalho. “Primeiro, porque a ação é planejada e a empresa vai poder repor. Carteiro, atendente, motorista, operadores de triagem terão reposição automática, chamando pessoas que fizeram concurso público no ano passado,” assegurou ele.
Em contrapartida, o Sindicato dos Correios em Sergipe é veemente contra ao PDV. “O sindicato não é a favor. O programa de demissão voluntária (PDV) nos Correios é uma preparação para a privatização da empresa e, se for bem sucedido, deverá ser a primeira de uma leva de demissões”, afirmou Valdec Vieira Pinheiro, um dos diretores do Sindicato dos Correios.
Falta de segurança causa pânico e prejuízo
A falta de segurança somada a ousadia dos bandidos têm causado pânico, prejuízo e transtorno para os usuários das agências dos Correios instaladas no interior do Estado. Somente este ano, 19 unidades da Empresa de Correios e Telégrafos foram alvos de algum tipo de delito como assalto (13); arrombamento (5) e furto (1). Devido à ação criminosa, as comunidades dos municípios de Umbaúba e São Domingos estão sem contar com os serviços postais.
O fechamento temporário das agências foi causado pela ação de bandidos. Na madrugada de ontem, a agência de São Domingos foi arrombada. Os delinquentes conseguiram ter acesso à unidade quebrando a parede dos fundos. “Eles abriram o buraco bem próximo ao cofre, o que leva a acreditar que a ação foi planejada”, disse o assessor de comunicação dos Correios, José Ginaldo dos Santos, ao ressaltar que os bandidos também tiveram o cuidado de cortar toda a fiação, inclusive da rede de computadores. O alarme também foi desativado.
O arrombamento foi descoberto na manhã de hoje, quando o gerente chegou para abrir a unidade. Na tarde da segunda-feira, os bandidos agiram em Umbaúba. Dois homens armados renderam os funcionários, fazendo um arrastão no caixa.
Segundo José Ginaldo, as agências de Umbaúba e São Domingos estão fechadas temporariamente, para que a polícia técnica possa fazer a perícia. “Assim que o trabalho policial for concluído, o funcionamento será normalizado, o que deverá ocorrer hoje” afirma o assessor.
Banco postal
A assessoria informa que as agências passaram a ser alvo dos bandidos desde que parte delas passou a oferecer o serviço denominado ‘banco postal’. Este serviço permite às agências realizar - além de suas tarefas rotineiras - atividades típicas da rede bancária.
O “banco postal” possibilita, entre outras coisas, a abertura de conta-corrente e de poupança, a realização de pagamentos, depósitos, aplicações e empréstimos dentro das agências dos Correios. Com isso, agências que antes movimentavam dinheiro relativo apenas a selos e correspondências, agora trabalham com quantias superiores a R$ 50 mil por dia, fato que as torna constantemente alvos dos bandidos.