O comandante da Policia Militar, coronel José Carlos Pedroso, assumiu a responsabilidade de negociar com o governo do estado, as reivindicações que estão sendo feitas pela classe. Nesta terça-feira (09), o governador Marcelo Déda (PT), esteve reunido com o secretário de Estado da Segurança Pública, João Eloy, e com coronel Pedroso, para tratar de assuntos relativos à área da segurança no Estado. Durante a reunião, o coronel Pedroso solicitou que, tendo em vista o pouco tempo em que ele e o atual secretário de Segurança estão no exercício de seus cargos, o governador aguardasse um pouco mais antes de mandar para a Assembléia Legislativa o projeto de Lei relativo aos salários dos policiais militares.

Na manha desta quarta-feira (10), em entrevista ao programa jornal da Ilha, coronel Pedroso disse que a partir de hoje, o policiamento na capital volta ao normal. Pedroso disse que a noticia veiculada ontem, de que alguns coronéis haviam deixado seus cargos, não aconteceu. Segundo ele, os coronéis estão satisfeitos onde estão e nenhum deles deixou o comando de suas companhias.

Pedroso disse ainda que, a partir de hoje, não aceita mais fazer comparação dos salários da policia civil com a dos PMs. Ele diz que não há necessidade de se criar expectativas e depois o governo não poder cumprir ou colocar em cheque o governo. Ele informou também que está formando uma comissão para discutir a situação da PM com as Associações Unidas. As propostas que forem aprovadas pela comissão serão encaminhadas ao governador Marcelo Déda no inicio da próxima semana.

O comandante disse também que não vai aceitar insubordinação, voltou a afirmar que a corporação precisa ter disciplina e obedecer a hierarquia. “A partir de agora, eu vou capitanear as negociações. Já estivemos com o governador e ele tem demonstrado interesse em resolver essa situação, não vamos mais aceitar intervenções. Estou no comando da corporação e das negociações ”, disse ele.

Com relação ao trabalho da policia, coronel Pedroso disse que desde o final da tarde desta terça-feira, tudo estava normalizado. No que se refere aos PMs que não quiseram sair dos quartéis dirigindo, por estarem com as CNHs vencidas, Pedroso disse que isso é o que deve ser feito. “em nenhum momento autorizamos ou ordenamos que esses Policiais dirijam. A lei não permite que isso aconteça. Já entramos em contato com Detran e vamos resolver essa situação o mais rápido possível”, disse o comandante da PM, afirmando que, para evitar novos problemas que reduzam o número de viaturas nas ruas, foi determinado que seja feito, a partir da próxima semana, curso de emergência, necessário para que militares dirijam carros da corporação.

Munir Darrage/FAXAJU