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Lula em Sergipe - Repercussão na Imprensa Nacional

13/6/2009

 

O GLOBO - FOLHA DE SÃO PAULO - O ESTADO DE SÃO PAULO - JORNAL DO BRASIL - ZERO HORA - ESTADO DE MINAS

Sem citar Dilma, Lula diz que “é a vez das mulheres”


 

ZERO HORA

Sem citar Dilma, Lula diz que “é a vez das mulheres”

Em três eventos ontem em Sergipe, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou em clima de campanha eleitoral ao provocar a oposição e seus antecessores e dizer que agora é “a vez de as mulheres” chegarem à Presidência.

Lula não citou a ministra Dilma Rousseff, escolhida por ele como candidata do PT à Presidência.

Em Laranjeiras, distante 20 km de Aracaju, disse que sua “oposição fica zangada, fica nervosa, e eles sabem que eu tenho candidata à Presidência”. Em seguida, antecipou a linha da campanha do ano que vem fazendo uma provocação aos adversários: disse que escolheu uma mulher para provar que está na hora delas chegarem ao poder.

– Eles (da oposição) têm que saber que as mulheres de hoje não são subservientes como eram há 30 anos. As mulheres querem estudar, fazer política e chegar ao poder. Querem ser governadoras, prefeitas e, por que não, presidentes da República – afirmou, ao lado do governador Marcelo Déda (PT).

Sergipe é um dos Estados em que o PT deve concorrer com candidatura própria. O partido elegeu em 2006 o governador Marcelo Déda, ex-prefeito de Aracaju. O Nordeste é a região em que o presidente desfruta de índices mais altos de popularidade nas pesquisas de opinião desde sua chegada ao Palácio do Planalto.


 
Lula: expectativa para 1ª reunião dos Brics

Joedson Teles* O GLOBO

Aracaju e BRASÍLIA. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, em Aracaju, que a viagem que fará ao exterior - Lula vai a Genebra neste fim de semana, e posteriormente à Rússia e ao Cazaquistão, retornando no dia 18 - será extremamente importante, porque participará da primeira reunião dos Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China.

- Estes três países juntos têm quase um terço da população do planeta. Ou seja, são os países que têm um grande potencial de crescimento por causa dos seus mercados internos - disse Lula.

A reunião dos Brics - acrônimo criado em 2001 pelo economista Jim O"Neill, do grupo Goldman Sachs, para designar os quatro principais países emergentes do mundo - ocorrerá em Ekaterinburgo, na Rússia. Com o propósito de tentar formular uma agenda comum nos grandes temas, como a crise financeira, o engessamento das negociações comerciais, o esgotamento energético e a produção de alimentos, os Brics querem reformas na ordem econômica mundial, a começar por um debate sobre o uso do dólar como moeda internacional.

O presidente disse que está otimista quanto à oportunidade de os Brics trocarem experiência e, assim, chegarem à reunião do G-8 (grupo dos sete países mais industrializados, além da Rússia) com o discurso unificado:

- Vamos discutir coisas importantes para que a gente chegue à reunião do G-8 mais fortalecido.

Segundo Lula, o Brasil não pode desprezar o fato de ter uma balança comercial muito forte com a China - quase US$40 bilhões. Ele lembrou, no entanto, que o país ainda está distante do que já conseguiram, por exemplo, Rússia e Índia.

 


 

Lula: 'Emprestei US$10 bi ao FMI'

Para presidente, PIB seria melhor se não houvesse "pânico" entre as empresas


José Araújo* e Joedson Teles*  O GLOBO

 

LAGARTO (SE) e Aracaju. O empréstimo de US$10 bilhões do Brasil ao Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a ser tema de discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já havia caracterizado o crédito como "chique". Na solenidade de assinatura da criação do campus de Saúde da Universidade Federal de Sergipe, em Lagarto, Lula destacou o empréstimo, inédito na história do país.

- Antigamente, as pessoas ficavam de joelhos para o FMI. Vocês viram que engraçado? Esta semana eu emprestei US$10 bilhões para o FMI. Pega aí - disse o presidente. - As pessoas precisam entender que o Brasil mudou.

Lula explicou que o empréstimo faz parte do acordo feito em abril, em Londres, na reunião do G-20, num esforço dos países contra os efeitos da crise financeira. Na ocasião, ficou acertado que os países aportariam recursos financeiros ao FMI para que este emprestasse às nações mais afetadas pelo abalo global.

- Foi uma mudança substancial para o Brasil, que passou muitos anos pedindo dinheiro ao FMI. Desta vez nós falamos não, mas temos dinheiro para emprestar pra você. Isso porque o Brasil ficou mais forte e está com a economia arrumada.

Lula também afirmou que o fórum ideal para discutir a crise não é mais o G-8.- Politicamente, o G-8 está enfraquecido. O fórum ideal para se debater a crise mundial é o G-20.

Sobre os dados do PIB do primeiro trimestre, que colocam o Brasil em posição estável diante da crise, o presidente disse que poderiam ser melhores se não houvesse pânico no setor empresarial.

- Poderíamos ter conseguido dados melhores, se não houvesse um certo pânico em alguns setores empresariais. Se a indústria automobilística, por exemplo, não tivesse dado férias coletivas para desovar os seus estoques, a produção industrial teria sido maior.

 


 
Lula volta a negar terceiro mandato, critica antecessores e defende Dilma

"O Brasil precisa é consolidar a democracia, e a alternância é sempre importante"

José Araújo e Joedson Teles*  (*) Especial para O GLOBO

Aracaju, LARANJEIRAS E LAGARTO (SE). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ontem a descartar a hipótese de disputar um terceiro mandato consecutivo, assunto que está sendo tratado na Câmara dos Deputados, que analisa um projeto de emenda constitucional sobre o tema. Em visita a Sergipe, onde inaugurou obras e assinou contratos de novos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Lula disse que o mais importante para o país é consolidar a alternância de poder.

- O Brasil precisa é consolidar a democracia, e a alternância de poder é sempre muito importante. Eu já cumpri a minha obrigação. Quero terminar meu mandato feliz e torcer para quem vier depois de mim - afirmou.

Lula defende candidatura de Dilma e provoca oposição.

Ao comentar sua sucessão, o presidente defendeu a candidatura da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e provocou a oposição:

- Minha oposição fica zangada, nervosa. Eles sabem que tenho um candidato à Presidência da República, e eles têm que saber que as mulheres não querem mais ser subservientes. As mulheres, agora, querem estudar, fazer política e chegar ao poder.

Sobraram críticas do presidente também para seus antecessores. Segundo Lula, eles não se preocuparam em cuidar dos mais necessitados:

- Parece que as pessoas esqueceram que governar este país é olhar para a totalidade deste povo como uma mãe, que é o papel do governo, dentro de uma família com 190 milhões de habitantes. Olhar para o pequeno brincando e para o raquítico e ver que tem que cuidar mais dele. No Brasil não era assim. Quem era rico ficava cada vez mais rico, e que era pobre, cada vez mais pobre.

Defesa da candidatura de Dutra para presidir o PT

Em Laranjeiras, Lula inaugurou o Quarteirão de Trapiche, onde funcionará um campus avançado da Universidade Federal de Sergipe (UFS). E, em Lagarto, entregou o terreno para a instalação do Campus de Saúde da UFS. Na terceira etapa de sua visita, em Aracaju, inaugurou o Centro de Educação Profissional José Figueiredo Barreto. Lá, ao ser anunciado como "o cara" pelo governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), o presidente afirmou que todo brasileiro é o cara.

- Meus queridos companheiros e companheiras, na verdade todos nós somos "o cara" - disse o presidente.

Lula não quis comentar o escândalo dos atos secretos no Senado. Ao falar sobre a sucessão no PT, deixou claro que seu candidato é o ex-senador e presidente da BR Distribuidora, José Eduardo Dutra.

- Há oito anos que não vou a reuniões do PT - afirmou. - Agora, se Zé Eduardo quiser ser presidente do PT, será um baita presidente. No dia que eu for votar, pode ficar certo que meu voto é dele.

Lula anunciou também a construção de 11 mil casas, parte do programa Minha Casa, Minha Vida, em Sergipe:

- Marcelo Déda vai ter a chance de pegar financiamento, se tiver perna para construir, vai ter 11 mil casas.

 


 

FOLHA DE SÃO PAULO

É a vez das mulheres na Presidência, diz Lula

Petista discursa em clima de campanha eleitoral em Sergipe e afirma que oposição está "zangada" porque ele tem candidata

Presidente faz autoelogio e, sem citar nomes, critica seus antecessores, dizendo que são responsáveis por dividir o país em "ricos e pobres"

SIMONE IGLESIAS ENVIADA A LARANJEIRAS E Aracaju(SE)
PAULO PEIXOTO DA AGÊNCIA FOLHA EM LAGARTO (SE)

Em três eventos ontem em Sergipe, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou em clima de campanha eleitoral ao provocar a oposição e seus antecessores e dizer que agora é "a vez das mulheres" chegarem à Presidência. Lula não citou a ministra Dilma Rousseff, escolhida por ele como pré-candidata do PT à Presidência.

Em Laranjeiras, a 20 km de Aracaju, disse que sua "oposição fica zangada, fica nervosa, e eles sabem que eu tenho candidata à Presidência". Em seguida, antecipou a linha da campanha do ano que vem fazendo uma provocação aos adversários: disse que escolheu uma mulher para provar que está na hora delas chegarem ao poder.

"Eles [da oposição] têm que saber que as mulheres de hoje não são subservientes como eram há 30 anos.

As mulheres querem estudar, fazer política e chegar ao poder. Querem ser governadoras, prefeitas e, por que não, presidentes da República", afirmou, ao lado do governador Marcelo Déda (PT). Na última pesquisa Datafolha de intenção de voto para eleição presidencial, 14% disseram considerar muito importante que o candidato seja do sexo masculino, enquanto 13% afirmam ser muito importante que ele seja do sexo feminino.

Em Lagarto, a 90 km da capital, Lula voltou ao tema: "Acho que está chegando a hora e a vez das mulheres. Estou vendo que as mulheres estão querendo dar a volta por cima. Fiquem tranquilos porque vamos eleger quem vai ficar no meu lugar e fazer mais do que eu fiz".

O presidente criticou seus antecessores, sem citar nomes, dizendo que foram responsáveis por dividir o país em "ricos e pobres", "brancos e pretos", e que, além de não terem feito nada certo, pioraram o que existia de bom no país.

Lula fez muitos elogios ao seu próprio governo e disse que isso está sendo reconhecido "pelo mundo inteiro", e aproveitou para desdenhar seu maior adversário, o PSDB. "Quanto mais eles ficam bravos, mais eu fico tranquilo."

Sem citar o partido, perguntou ao público se havia assistido "ao programa de TV do adversário nosso" - referindo-se às inserções do programa político tucano que começaram a ser exibidas no último dia 9, com críticas ao partido de Lula.

"A verdade é essa. Eles ficam nervosos porque um homem -do ponto de vista da sociologia não estava escrito que poderia chegar ao poder- chega ao poder e, com muita competência para formar a equipe e manter a amizade com o povo."

Em Laranjeiras, inaugurou a recuperação de um prédio histórico da cidade que abrigará um campus da Universidade Federal de Sergipe. Em Lagarto, lançou obra de construção de campus da universidade

voltado à área médica. Em Aracaju, inaugurou centro de educação profissional.

Durante entrevista, falou da sucessão na presidência nacional do PT e disse que votará em José Eduardo Dutra, presidente da BR Distribuidora.

 


 
Lula defende pulverização de verba de publicidade

DA AGÊNCIA FOLHA, EM LAGARTO (SE)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem durante discurso que vai manter a pulverização dos recursos da publicidade do governo por ser uma forma de "democratizar" a distribuição da verba.
Lula falava sobre projetos do governo para a cultura e a educação, quando mencionou que isso também
ocorre com a publicidade em seu governo.

"Nós estamos fazendo isso [pulverização] na cultura, a imprensa sabe que nós estamos fazendo isso na publicidade do governo federal. Não tem essa de fazer em duas ou três emissoras, vamos fazer em todas as [emissoras em] cidades pequenas, onde tiver, em jornais pequenos, onde tiver, para que a gente possa garantir que a democracia seja exercida na sua plenitude", disse ele em Lagarto (a 90 km de Aracaju), município com 88.980 habitantes.

Reportagem de maio da Folha mostrou que a publicidade oficial do governo Lula teve como padrão a pulverização.

Em 2003, ano em que o presidente assumiu, 499 veículos de comunicação recebiam recursos para divulgar propaganda do governo federal. No ano passado, foram 5.297 -um aumento de 961%. O governo alega se pautar por critérios técnicos na distribuição de recursos, embora não divulgue a relação dos veículos em que anuncia.

No início do governo Lula, a publicidade oficial atingia 182 municípios. Agora, são 1.149.
Embora a estratégia de distribuição de verba tenha mudado, o orçamento total destinado por Lula a
publicidade não se alterou de forma significativa. Assim como na gestão do tucano Fernando Henrique (1995-2002), oscilou sempre entre R$ 900 milhões e R$ 1,2 bilhão por ano -sem levar em conta patrocínios e outros custos relacionados à produção de comerciais.

Embora Lula tenha tratado a questão como uma forma de exercer a "democracia plena", trata-se de uma política de marketing do governo. Críticos avaliam que o governo atrai a simpatia de veículos menores com a verba que lhes destina.

Lula também defendeu o projeto do Ministério da Cultura de fazer com que os recursos da Lei Rouanet, de incentivo à cultura por meio de benefícios fiscais, cheguem a todo o Brasil -e não só aos maiores centros de produção cultural.

"Nós não queremos tirar nada de São Paulo e do Rio, porque são dois Estados muito importantes para o Brasil. Mas nós queremos estender os direitos da Lei Rouanet para que a gente possa levar todo o investimento da cultura também para os Estados do Norte e do Nordeste", afirmou o presidente. (PAULO PEIXOTO)


 

FOLHA DE SÃO PAULO

"Emprestei US$ 10 bi ao FMI nesta semana", comemora Lula

DA ENVIADA A LARANJEIRAS E Aracaju (SE) DA AGÊNCIA FOLHA EM LAGARTO (SE)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou ontem, em Sergipe, a queda do PIB em 0,8% no primeiro trimestre deste ano ante o último trimestre de 2008. O presidente disse que ficou "triste" e "feliz".

"Eu fiquei muito feliz com os números do IBGE. Um pouco triste porque caiu mais do que eu esperava que fosse cair, mas muito menos do que alguns analistas e muito menos ainda do que os meus adversários.

O empréstimo de US$ 10 bilhões ao FMI (Fundo Monetário Internacional) foi comemorado. Lula disse que os recursos não farão falta ao Brasil porque fazem parte das reservas de US$ 207 bilhões. "Esse dinheiro é emprestado. Então, continuaremos tendo US$ 207 bilhões em reservas".

Em um dos discursos do dia de ontem, em Lagarto, o presidente falou: "Viram que engraçado? Nesta semana, eu emprestei US$ 10 bilhões para o FMI. Pega aí."

 


 

O ESTADO DE SÃO PAULO

''Esta semana, eu emprestei US$ 10 bilhões ao FMI''

Lula diz que o País não fala mais como vira-lata e os números da economia vão ser positivos este ano

Tânia Monteiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou um discurso de improviso para comemorar o fato de o governo brasileiro ter emprestado US$ 10 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele lembrou que, quando tomou posse na Presidência, em 2003, era favorável à bandeira "Fora FMI". Mas disse que a situação mudou. "Esta semana, eu emprestei US$ 10 bilhões para eles: pega aí", disse o presidente.

Segundo Lula, o Brasil saiu da fase de cidadão de segunda classe. "Antes, cada vez que o Brasil falava para a Europa ou para os Estados Unidos, falava como se fosse um vira-lata. Isso mudou", disse ele, ao discursar na cerimônia de inauguração do campus da Universidade Federal de Sergipe na cidade de Laranjeiras, perto de Aracaju.

Anunciado na última quarta-feira, o empréstimo ao FMI foi acertado em abril na reunião do G -20, o grupo das 20 maiores economias do mundo. O dinheiro vai compor um conjunto de US$ 500 bilhões - para o qual também contribuirão vários outros países - para tentar reativar o comércio mundial e ajudar as economias com maiores dificuldades. Com o empréstimo, o Brasil, que historicamente sempre tomou dinheiro no FMI, passará à condição de credor da instituição.

Mais tarde, o presidente disse que o empréstimo só foi possível porque a economia está estabilizada e o Brasil tem US$ 207 bilhões de reservas. "As reservas continuam em US$ 207 bilhões (mesmo com o empréstimo), porque o dinheiro é emprestado", esclareceu. "O Brasil ficou mais forte e vivemos uma grande estabilidade econômica", afirmou, após inauguração de obras em Aracaju.

Lula disse que "os números da economia vão ser positivos neste ano", apesar da queda do Produto Interno Bruto (PIB) verificada no último trimestre de 2007 e nos primeiros três meses deste ano. "Já demos uma guinada para cima", disse.

Ele disse que o PIB do primeiro trimestre poderia ter sido melhor e atribuiu a responsabilidade pelo mau desempenho a alguns setores da economia. "Se não houvesse pânico de alguns setores, se a indústria automobilística não tivesse dado férias coletivas, a situação seria outra", declarou o presidente. Ele voltou a dizer que o Brasil vai sair da crise antes do que qualquer outro país.

G-8

Ao contrário do que disse ontem o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, Lula afirmou que, do ponto de vista político, o G -8 (grupo que reúne os sete países mais industrializados e a Rússia) continua a ter importância política. Mas defendeu maior abertura do grupo a outros e países e concordou que, para discutir temas como a crise financeira internacional, por exemplo, o foro mais adequado é o G -20.

"Eu vou à reunião (do G -8) porque acho que o Brasil tem de estar presente e tenho o que dizer lá. Em política, quem fica quieto perde espaço", disse o presidente. O ministro das Relações Exteriores disse em Paris que o G -8 "morreu" e não representa mais nada porque hoje, por qualquer critério, economias como China, Brasil e Índia são importantes.

 


 

O ESTADO DE SÃO PAULO


Alternância no poder é importante, diz presidente

Lula afirma que ?a oposição está zangada porque sabe que tem candidata?, em referência a Dilma, e avisa que agora ?é a hora e a vez das mulheres?

TÂNIA MONTEIRO e RICARDO BRANDT

Escoltado pelo deputado Jackson Barreto (PMDB-SE), autor da emenda do terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, em Sergipe, que "o Brasil não precisa ter terceiro mandato, precisa consolidar a democracia". Lula afirmou que "a oposição fica nervosa, zangada porque sabe que tem candidata", referindo-se à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, mas sem citar seu nome. "Eu já cumpri a minha obrigação e quero terminar meu mandato feliz e torcer para quem vem depois de mim."

Em clima de campanha, o presidente cumpriu três agendas no Estado, sempre ao lado do governador Marcelo Deda (PT), e do ministro da Educação, Fernando Haddad. Tanto em Lagarto, como em Laranjeiras, onde fez seu primeiro evento, Lula repetiu a linha do discurso que fez em Aracaju. "É a hora e a vez das mulheres", discursou, numa referência explicita à candidatura Dilma.

"Eu quero dizer que meu mandato está terminando em 2010, mas eu acho que está chegando a hora e a vez das mulheres", disse o presidente, em Lagarto, 130 quilômetros da capital sergipana. "Eu estou vendo que as mulheres estão querendo dar a volta por cima."

Em atos públicos onde anunciou obras para o Estado, Lula lembrou, numa referência à oposição ao seu governo, que "está chegando o momento em que vocês vão ver e ouvir falar muita bobagem na TV". O presidente acrescentou: "Meus adversários achavam que meu governo ia ser um fracasso pelo fato de eu não ter estudado e que logo iam voltar."

Lula disse que quer eleger alguém que possa fazer pelo Brasil mais do que ele fez. Ele criticou seus antecessores e adversários, citando que "os letrados" fizeram muito menos pela educação do que ele "que não tem curso universitário". De acordo com o presidente, ainda falta um ano e meio para terminar seu governo e "ainda tem muita coisa para acontecer neste tempo".

BALANÇOS

Lula fez balanços de seu governo, principalmente na área de educação, e avisou que no dia 31 de dezembro de 2010 todos os ministros vão apresentar dados de tudo o que foi feito, com registro em cartório. Voltou a atacar as elites e lembrou que concorreu três vezes pois "precisava ser eleito porque queria provar que tinha mais competência do que eles para governar o País".

Ao comentar que seu governo está "recuperando o desmazelo de muita gente que governou o País", Lula disse ainda que "a verdade é que pobre só é utilizado em época de eleição". E emendou: "Não tem nada que tenha mais valor do que pobre em época de eleição, cumprimenta até quem está na carrocinha catando papel de rua mas, depois, esquece o pobre."

O presidente defendeu a tese da candidatura feminina, sem citar o nome de Dilma, e ainda atacou os adversários ao citar suas conquistas na educação. "Fiquem tranqüilos que nós vamos eleger quem vai ficar no meu lugar para fazer mais do que eu fiz na educação, na saúde e ajudar mais o Estado do Sergipe.

Porque aprendemos muito e agora sabemos o caminho das pedras para as coisas acontecerem no Brasil."

Em Lagarto, onde anunciou a construção de uma unidade da Universidade Federal do Sergipe, Lula atacou seus adversários, sem citar partidos, ressaltando seus feitos na educação. Segundo ele, a oposição "torce" para seu insucesso. "Tem sempre gente que acha que a vaca vai para o brejo. Ficam torcendo ?o Lula vai dar errado, o Lula não pode dar certo?, enquanto deveriam torcer é para o Brasil dar certo", declarou a uma multidão de quase 10 mil pessoas, muitas do MST.

Ele manteve a linha de ataques ao PSDB. "Não sei se vocês viram o programa do adversário ontem ou anteontem. Eles ficam nervosos, porque é um homem que, do ponto de vista da sociologia, não estava escrito que poderia chegar ao poder e chegou", afirmou. Lula defendeu suas ações no Nordeste. "Isso não é competência minha, é do povo que acreditou. O povo está com a auto-estima elevada, ninguém tem mais vergonha de dizer que é nordestino, nem negro ou brasileiro."

O presidente brincou com o empréstimo anunciado pelo governo ao FMI. "Antigamente, as pessoas ficavam de joelhos para o FMI, agora eu emprestei US$ 10 bilhões para o FMI", disse. "Pega aí", completou, com um gesto como se entregasse uns trocados a alguém.

 


 
O ESTADO DE SÃO PAULO

Discurso cita Dia dos Namorados

A comemoração do Dia dos Namorados não escapou ao presidente Lula no discurso de improviso que fez ontem na inauguração de obras no interior de Sergipe. Lula contou que a primeira-dama Marisa Letícia, que não estava no evento, tinha ficado nervosa com o governador Marcelo Déda, por ter marcado a cerimônia para o Dia dos Namorados.

Segundo relato de Lula, quando disse que iria viajar, Marisa "fez a cara que toda mulher faz". Ele justificou dizendo que as viagens eram marcadas com antecedência e não lembrou que ontem era o Dia dos Namorados. Pouco antes, Déda, em seu discurso, tinha feito uma homenagem à sua mulher, Eliane Aquino, mandando um beijo pelo Dia dos Namorados.

"Na política o senhor é o número 1, mas, no amor, ela é a primeira", disse Déda a Lula, ao justificar a razão de, em seu discurso, ter colocado o nome do presidente em primeiro lugar e o de sua mulher em segundo. O governador pediu ainda desculpas a Marisa, prometendo mandar um buquê de rosas, e recomendou a Lula que explicasse a ela o povo de Sergipe é também seu amor. O presidente, por sua vez, disse que compraria uma flor para a primeira-dama.

 


 
JORNAL DO BRASIL

Lula comemora empréstimo ao FMI

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou o fato de o governo brasileiro ter emprestado US$ 10 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Em discurso, lembrou que quando tomou posse na Presidência, em 2003, era favorável à bandeira "Fora FMI".

– A situação mudou. Esta semana eu emprestei US$ 10 bilhões para eles – lembrou o presidente, durante evento em Sergipe.

Lula avisou que, quando deixar o governo, em 31 de dezembro de 2010, tanto ele como os ministros vão apresentar um documento mostrando tudo o que foi feito.

– Acabou o tempo em que o presidente da República não tinha de dizer o que fez – afirmou Lula, que disse a populares que todo cidadão pode chegar onde ele chegou. – Cheguei pela perseverança. Perdi três vezes. Não foi fácil, mas toda vez que perdia achava que ia ganhar na próxima. E ganhei.

Em seguida, insistiu que não é preciso ter muito estudo para alcançar o que alcançou.

– Uma coisa é o conhecimento, outra é a inteligência. Não tem a ver com banco de escola. Para governar, não precisa ter diploma, tem que governar com o coração – disse o presidente, ao acrescentar que se os letrados que governaram o Brasil tivessem tido mais preocupação, as coisas não estariam no estado atual.