O que deveria ser uma solução para as pessoas que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), tornou-se um problema de grande proporção, uma vez que a Maternidade Hildete Falcão (MHF) transformou-se num palco de revoltas e reclamações. A situação piorou quando o setor pediátrico e o pronto-socorro infantil do Hospital Governador João Alves Filho (HGJAF) foram transferidos para a maternidade. Na manhã de ontem foi registrada mais uma morte. Os familiares de Débora Alves Pereira, 11 anos, afirmam que a morte da menina pode ter sido por negligência no atendimento médico.

Segundo informações do tio da menina, eles deram entrada no hospital às 7h de ontem e entre 11h e 12h, Débora veio a óbito. A família, que veio de Monte Alegre, afirma que ela estava com sintomas de febre e dores de cabeça. Eles reclamam que o hospital não soube identificar a causa da morte e que emitiriam uma certidão de óbito como "morte por causa desconhecida". Como não aceitaram a falta de informação sobre a causa da morte, os familiares resolveram não retirar o corpo do local sem um diagnóstico preciso sobre o que causou a morte da criança. O corpo de Débora foi removido para a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes para a realização da autópsia.

Somente neste fim de semana, foram registradas quatro mortes, três no sábado e uma no domingo. Segundo a médica pediatra e diretora do Sindicato dos Médicos de Sergipe, Glória Tereza Lopes, o hospital está funcionando no improviso. Ela explica que o HGJAF deixa um pediatra na emergência do hospital para casos de auxílio aos especialistas, e os demais estão na MHF. 

CORREIO DE SERGIPE