Com a publicação pelos principais jornais sergipanos de release enviado pela assessoria de imprensa do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) dando conta de que o tribunal considera as eleições aracajuanas de outubro passado como regulares, o senador Almeida Lima, autor do pedido de correição junto tribunal, manifestou a sua indignação com a forma como a Justiça Eleitoral vem tratando o processo. "Não é utilizando a assessoria de imprensa que o TSE vai conseguir dar credibilidade ao voto eletrônico. Isso só vai acontecer quando o tribunal permitir que auditorias externas analisem todo o sistema", sentenciou.
Para o senador, o que está em curso é um processo de contra-informação, que em nada contribui para um melhor conhecimento por parte da sociedade de todo o caso. "O TSE está 'requentando' notícia pela segunda vez. Essa informação data de novembro passado, quando o ministro manifestou-se contra o meu pedido de correição", garantiu. Almeida também destacou que esse processo inicial não é contencioso e nem tem réu. "A única coisa pedida foi que, administrativamente, o TSE viesse averiguar o ocorrido em Aracaju. Mas o ministro preferiu acreditar na palavra do presidente do TRE-SE, levando o TSE a uma omissão prejudicial a sua própria imagem".
Outro ponto destacado por Almeida Lima é o fato de que existem muitas coincidências no momento em que a assessoria de imprensa do TSE se manifesta. "Quando fui dar uma entrevista ao radialista Gilmar Carvalho (no dia 6 de janeiro), após dar entrada na ação, eles enviaram esse release. Agora o mandaram novamente por conta do recurso que apresentei. E o pior é que os nossos jornais 'fecham os olhos' e publicam integralmente essas matérias, sem ouvir ninguém", esclareceu Almeida, lembrando que tudo o que foi dito pelo TSE até o momento refere-se apenas ao Siapre, que foi o sistema utilizado pelo TRE-SE para a divulgação dos resultados. "Como vim a perceber que o TSE não faria a simples correição, muito menos uma auditoria completa ou uma perícia aprofundada, preferi, por conta própria fazê-lo. E contratei empresas especializadas que elaboraram laudos. E esses apontam para muitas fraudes nas urnas eletrônicas, o que motivou a ação que propus. Ou seja, agora eu nem tenho mais dúvidas. Tenho é certeza de que as eleições foram fraudadas em Aracaju", afirmou.
Recursos – afirmando que a decisão do TSE pela não realização do pedido de correição já está sendo recorrida pela sua assessoria jurídica, o senador Almeida Lima fez questão de frisar que, em Aracaju, na 2ª Zona Eleitoral, não ingressou com outra ação de impugnação como a imprensa local, de forma equivocada, publicou, mas tão somente com um recurso ao TRE-SE contra a decisão da juíza que havia declarado extinta a ação de impugnação. "Mais uma vez estão se utilizando da contra-informação. Alguns desinformados estão espalhando por aí que eu entrei com um outro processo após a juíza Patrícia de Almeida Menezes ter decidido pela extinção. Isso não procede", corrigiu.
"A verdade é que eu entrei com um recurso contra essa decisão, a qual eu já esperava por saber que a juíza é parte diretamente interessada na causa, razão motivadora do pedido de suspeição que fiz contra a juíza, inclusive da tomada do seu depoimento. Tenho informações de que Edvaldo Nogueira e Sílvio Santos já foram intimados desse recurso para apresentarem suas contra-razões", concluiu Almeida Lima.
Da Assessoria de Imprensa