Lideranças começam projetar estratégias para a campanha sucessória de 2010
O lançamento da pré-candidatura do ministro da Justiça, Tarso Genro ao governo no Rio Grande do Sul estimulou outros governistas a manter seus planos de oferecer mais de um palanque regional à ministra Dilma Rousseff. É o caso do ministro Geddel Vieira Lima na Bahia, e do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Faria no Rio de Janeiro. Mas o que o comando nacional do PT quer é desenvolver a estratégia de um palanque único em cada Estado e conta com o apoio de Lula para resolver os impasses.
Para o atual presidente do PT, Ricardo Berzoini, o melhor seria o palanque unificado, ainda que existam Estados onde é problemático um acordo. No seu entender o conflito entre aliados, até na disputa pela agenda do candidato à Presidência, não é bom. No Rio Grande do Sul, o PMDB de Pedro Simon não aceita aliança com o PT. A direção do PSDB também prefere a mesma estratégia e opta por um candidato forte da oposição em cada Estado. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, tem bem presente as dificuldades de Geraldo Alckmin que terminou sem palanque forte na Bahia, no Ceará e no Rio de Janeiro.
Dirceu de volta
Voltado para a campanha de Dilma Roussef, o ex-deputado (e ex-chefe da Casa Civil) José Dirceu poderá voltar à direção do PT. Seu nome compõe a chapa da tendência Construindo um Novo Brasil, grupo que inscreverá candidatura de José Eduardo Dutra, ao comando do partido. A inscrição das chapas que disputarão em novembro a eleição direta para a presidência do PT é considerada estratégica pela proximidade do pleito. Cinco candidatos concorrem à presidência do PT: José Eduardo Dutra, José Eduardo Martins Cardozo, Geraldo Magela, Iriny Lopes e o integrante do Diretório Nacional Markus Sokol.
O retorno de Dirceu é considerado certo porque a chapa do antigo Campo Majoritário, grupo do presidente Lula é favorito. E ele foi indicado na nominata. Os cálculos indicam que Dutra tenha cerca de 52% dos votos. Há quem admita um segundo turno com Cardozo candidato do grupo que é apoiado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro.
Alencar
O vice-presidente da República, José Alencar, recebeu alta na manhã ontem da Unidade de Terapia Intensiva e foi transferido para um quarto, de acordo com boletim médico divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês. Sua recuperação é considerada "bastante satisfatória". O procedimento foi realizado para tratar obstrução do intestino grosso em razão de tumores. Os médicos fizeram uma colostomia, procedimento pelo qual foi instalada uma sonda ligada a uma bolsa do lado externo do corpo para recolher os resíduos de Alencar.
Esposa de Sarney
Marly Sarney, mulher do presidente do Senado, José Sarney já está no hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Ela sofreu quatro fraturas na clavícula após tropeçar em um tapete e cair, na casa da família em São Luís, no Maranhão na última quinta-feira. Ela deve ser submetida a uma cirurgia.
Carlos Fehlberg