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Estudantes vão às ruas contra o reajuste da tarifa de ônibus

4/2/2009

Texto: Bruna Carvalho (Estagiária)

Estudantes se organizam e convocam mais de 400 pessoas para ocupar ruas do Centro de Aracaju em marcha contra o reajuste de 11% na passagem de ônibus. Além dos usuários de transporte público coletivo, os passageiros de táxi também serão aborrecidos com aumento no custo da corrida.

“A frota está defasada, as linhas são mal planejadas, enquanto os terminais e pontos de ônibus estão lotados, parte da frota está parada na garagem. Para piorar, falta de transparência na prestação de contas. O Poder Público, simplesmente joga suas decisões de cima para baixo e parece não se preocupar com quem vai atingir.”, defendeu o vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Sergipe, Magson Melo, um dos responsáveis por organizar a manifestação dos estudantes.

O ato público está previsto para acontecer antes do dia 13 de fevereiro. “O maior entrave são a férias da UFS, os estudantes estão dispersos, mas isso não vai impedir a realização do protesto. Estamos nos mobilizando cada manifestante através da internet e não vamos silenciar diante desses abusos”, garantiu Magson Melo que junto com outros estudantes já elabora cartazes e faixas com recados contra o aumento. A classe também quer cobrar das empresas de ônibus que revelem as planilhas de custos.

Outro aumento

Andar de táxi também vai pesar no bolso do cidadão e já assusta alguns usuários. Ontem, a tarifa dos 180 táxis-lotação de Aracaju aumentou de R$ 1,75 para R$ 2,00. “Fui pega desprevenida, quando peguei um táxi-lotação do Centro ao bairro Santos Dumont e me cobraram R$ 0,25 a mais. Minha sorte foi que eu tinha o dinheiro no bolso, porque eles nem me avisaram antes”, reclamou a estudante Aline Santos.

Durante reunião prevista para hoje, o superintendente da SMTT, Antônio Samarone, recebe representantes dos taxistas para definir reajuste da tarifa cobrada na corrida do taxi comum. A previsão é de que o aumento seja superior a 11%. “Este aumento é razoável. O ideal, mesmo, seria aumentar em 25%, mas se isso ocorresse perderíamos perder os clientes para os clandestinos. Pois o usuário do táxi alegaria não ter condições de pagar pelo serviço”, o presidente do Sindicato dos Taxistas, Luiz Cunha. Caso o reajuste seja confirmado, o valor da bandeirada pode passar de R$ 2,70 para R$ 3,00.

Após o resultado da reunião, 1900 taxímetros serão liberados para receber ajustes e começarem
a arrecadar o novo aumento. “Para não assustar o usuário, a gente pretende sugerir durante a reunião que o valor da bandeirada congele em R$ 2,70. Uma pessoa que precisa fazer um percurso curto pode reclamar do preço inicial da corrida de R$ 3,00. Por isso seria melhor injetar acréscimo diretamente no custo do quilometro rodado. O preço atual cobrado a cada 100 m é de R$ 0,10”, explicou Luiz Cunha.

“É por esse motivo que sou usuária de transporte clandestino, se eu compará-lo ao táxi comum, pago 80% menos pela mesma distância percorrida. Usar um serviço de táxi só em situação de emergência, porque não tem bolso que segure esses aumentos. É impressionante! No menor Estado do país tudo tende a ficar mais caro”, declarou uma usuária de transporte clandestino que preservou a identificação.

Fonte: Jornal da Cidade