Alheios ao perigo, diariamente crianças e adolescentes se arriscam ao mergulhar e nadar nas proximidades do píer do rio Poxim, no Parque Governador Valadares, o “Parque dos Cajueiros”. Diversão que acabou em tragédia para o adolescente Jefferson Pereira dos Santos, 15 anos, que morreu afogado ao mergulhar no local, no final da tarde de segunda-feira. Ao perceber o que tinha acontecido ao garoto, três colegas que o acompanhavam chamaram militares do Pelotão Ambiental da Polícia Militar, que funciona no local, que acionaram o Corpo de Bombeiros, através de uma equipe do Grupamento Marítimo (Gmar).
As primeiras buscas foram feitas por policiais do Pelotão Ambiental, que com a ajuda de uma lancha percorreram o rio à procura do adolescente. Em poucos minutos o corpo foi encontrado submerso próximo ao atracadouro. Equipes de resgate do Corpo de Bombeiros e do Samu chegaram em seguida ao parque e durante 30 minutos tentaram reanimar a vítima, sem
sucesso.
O cozinheiro Adriano Vieira de Araújo, que trabalha próximo ao parque, presenciou tudo. Segundo ele, o adolescente estava acompanhado de três colegas, todos moradores do conjunto Augusto Franco, zona sul da capital. Eles pularam primeiro e Jeferson em seguida. Depois de nadar alguns metros, o garoto começou a se afogar. “Ele afundou duas vezes e na terceira não subiu mais”, contou Adriano, acrescentando que fato semelhante nunca aconteceu no local.
Segundo o comandante do Grupamento Marítimo, o capitão Hector Monteiro, o píer do Parque dos Cajueiros, bem como outros locais da cidade utilizados para diversão – lagos e lagoas da Aruana, canal do Santa Maria, o próprio rio Poxim, no fundo do conjunto Inácio Barbosa, entre outros –, representa um grande perigo. “Sempre temos atendido ocorrências de afogamento desses locais que parecem tranquilos”, informou o comandante. Ele disse que a orientação é que as pessoas evitem se banhar em locais desconhecidos, para diminuir o risco de afogamento. “E quando estiver em praia, procure obedecer à sinalização e buscar orientação dos guarda-vidas”, acrescentou o capitão Hector Monteiro.
Adriano Araújo disse que Jeferson sempre estava no local para mergulhar e nadar. O cozinheiro revelou que é comum adolescentes e até mesmo crianças menores de dez anos brincarem pulando do píer e também da ponte sobre o rio Poxim. Ontem, no local nenhuma criança ou adolescente brincava na área, apenas um pescador arriscava conseguir algum peixe.