O motorista autoconfiante e aqueles condutores que tão logo se sentem seguros ao volante geralmente adotam hábitos que em nada contribuem para o veículo. Andar com a mão no câmbio, deixar o carro em ponto morto na descida – a famosa banguela – ou utilizar marchas altas em velocidades baixas são algumas das ‘manias’ automotivas que podem levar ao desgaste precoce de peças e a grandes gastos com manutenção. De acordo com o Frederico Pontes, gerente de Pós-venda da Samam Veículos, revenda Fiat em Aracaju, é comum a necessidade de reparos no automóvel decorrentes do uso inadequado ao dirigir.
“Há determinados problemas do carro que podem ser evitados caso os condutores tenham a consciência de que certos hábitos não fazem bem ao bom uso do carro. Muita gente pensa que andar na ‘banguela’ economiza combustível, mas já foi comprovado que isso não é possível. Ao contrário, gasta mais”, afirma Frederico.
O charmoso descanso de mão sobre o câmbio também entra na lista dos vícios que levam o bolso do proprietário do carro sentir dor. O simples apoio, geralmente encarado como inofensivo, pode gerar o desgaste do trambulador, peça de ligação entre os câmbios e as engrenagens da transmissão, que é forçado com essa atitude. “Pode parecer uma besteira, mas a mania compromete sim o sistema de engrenagem. Assim como o uso de marchas em velocidades baixas e vice-versa. Isso pode causar prejuízos ao motor”, explica Pedro Dionísio dos Santos, chefe de oficina da Samam.
Segundo o mecânico Luiz Carlos Lacerda, outro comportamento muito comum, é o descansar os pés no pedal da embreagem. “Essa ação pode provocar o desgaste prematuro dos componentes do sistema, como o disco, mola e rolamentos. Assim o ideal é que ao parar no sinal, por exemplo, a marcha fique em ponto morto, o pedais livres e o freio de mão puxado”, alerta o mecânico.
OUTROS CUIDADOS
Além dos maus hábitos quando se está ao volante, outros cuidados podem ser levados em conta para uma melhor preservação do veículo. Dessa forma, é sempre estar atento à calibragem dos pneus, óleo e filtros. “Às vezes se realiza a troca do óleo, mas não verifica o filtro que pode estar sujo e levará todas as impurezas para o óleo, ou seja, não adianta nada. Outra questão é a pulverização do motor. O certo é utilizar apenas água e shampoo na limpeza do motor para não desgastá-lo”, destaca Pedro Dionísio.
Já o gerente de Pós-venda da Samam, Frederico Pontes, alerta para a falta de necessidade em efetuar polimento com apenas um mês de compra do quatro rodas zerinho. “Tem gente que pensa que está fazendo bem ao carro, está cuidando. Mas não é assim. Por mais que a pintura seja resistente, ela sofre desgaste. Polimento a cada seis meses é o ideal”, explica Frederico. E mais. Ele ainda ressalta andar muito é ótimo remédio para a boa saúde do veículo. “Ainda há hoje existem pessoas que acreditam que preservar o carro é trafegar pouco com ele. Isso é pior, inclusivo, pode até apresentar mais problemas do que um que rode bastante. Assim, manter o carro na garagem para ‘não gastar’ é lenda”, avisa o gerente Pós-venda da Samam.
No mais, o recomendado é seguir o manual de instruções do veículo, sempre realizando as revisões quando são atingidas determinadas quilometragens.
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