A deputada estadual Ana Lúcia (PT) entrou com pedido de resolução, para anulação da ata da sessão plenária que elegeu o conselheiro afastado Flávio Conceição. Em nenhum momento se refere à nomeação, como anunciou setores da imprensa, porque essa responsabilidade é do governador, em decorrência da aprovação pelo plenário da Assembléia Legislativa.
Segundo a deputada Ana Lúcia, que estava de viagem a uma cidade do interior, o pedido de anulação da votação se baseia em um processo que Flávio Conceição ainda responde como diretor presidente do Pronese: “ninguém pode assumir o mandato de conselheiro se tiver pendente algum projeto contra ele”, disse.
A deputada acha que a Assembléia Legislativa também é culpada nessa votação, porque sabatina o candidato sobre conhecimentos administrativos, mas não faz investigação sobre a existência ou não de atos que impeçam a candidatura. Flávio Conceição foi eleito pela unanimidade dos votos.
A coluna Plenário, assinada pelo jornalista Diógenes Brayner, já publicou por duas vezes que estava em andamento um processo para que fosse pedida a anulação da eleição de Flávio Conceição para o Tribunal de Contas, o que aconteceu nesta quinta-feira (03) através da deputada Ana Lúcia, depois de ouvida sua assessoria.
Um dos deputados (pediu off) disse que existe um relacionamento excessivamente estreito entre uma boa parte dos deputados com o candidato ao TCE. Esse entendimento se reverte em pedidos de empregos, que imediatamente são aceitos por aqueles que precisam de votos: “É essa permuta que enfraquece o rigor que deveria ter a escolha e a votação”.
Alguns desses parlamentares obtiveram cargos para votar em Flávio. Tiveram também para eleger Clóvis Barbosa, que hoje enfrenta problemas para exercer suas atividades, dentro de um Tribunal que não pode fugir às suas obrigações de fiscalizar os gastos públicos.
FAX AJU