O presidente do TSE, ministro Carlos Ayres, revelou ao presidente nacional da OAB, Cezar Britto, que o Tribunal se inspirou em proposta da entidade dos advogados ao decidir tornar obrigatório, a partir das eleições de 2010, a exposição dos nomes e fotos dos suplentes de senadores na urna eletrônica de votação. "É um passo no sentido de sua luta contra os senador clandestino", disse o presidente do TSE referindo-se à expressão criada e popularizada por Cezar Britto para designar o suplente de senador. Britto prega sua extinção, "pelo fato de que o suplente de senador sempre viveu na clandestinidade, pois ninguém sabe seu nome ou conhece sua cara, não se vota nele e só vem à luz quando o titular se ausenta".
O ministro Carlos Ayres considera que essa foi uma contribuição da Justiça Eleitoral no sentido de melhorar a transparência e a dignidade na política. Na conversa com Cezar Britto, o presidente do TSE se declarou cético quanto a uma reforma política votada pelo Congresso Nacional. Na sua avaliação, não passam de 15% os senadores e deputados que apoiariam hoje uma reforma. "Por isso, foram importantes decisões do TSE como a fidelidade partidária, pois ela dificilmente seria votada pelo Congresso", disse.
Com informações da OAB nacional
Correio de Campo Grande