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Mundo deve estar pronto para crise climática, diz Reino Unido

16/9/2009

Texto elaborado pela Royal Society avalia as opções de combate ao efeito estufa que parecem ficção científica

LONDRES - A raça humana pode ter de desligar o termostato natural do planeta e desenvolver novas tecnologias, como a reflexão de luz solar para o espaço se as negociações atuais para conter o efeito estufa falharem, disse a principal academia de ciências do Reino Unido.

A chamada geoengenharia não é uma solução fácil, mas poderá ser necessária para evitar uma catástrofe planetária e merece ser mais estudada, diz a Royal Society no relatório Geoengineering the Climate.

Tecnologias assim não são uma alternativa à redução das emissões, no entanto, destaca o trabalho.

Esforços políticos para conter os gases do efeito estufa estão em destaque no momento em que faltam três meses para uma reunião internacional convocada pelas nações Unidas para definir os compromissos dos países num tratado que sucederá o Protocolo de Kyoto.

"Nada deve nos desviar da prioridade de reduzir as emissões globais de dióxido de carbono e garantir que a reunião de dezembro em Copenhague leve a um progresso real", disse o presidente da Society, Martin Rees.

"Mas se as reduções forem muito poucas ou vierem tarde demais, certamente seremos pressionados a contemplar um plano B", disse ele ao público no lançamento do relatório.

O crescente interesse nas opções de geoengenharia foi motivado, parcialmente, por uma "falsa esperança de uma solução fácil", disse Reese, e o representante do Greenpeace, Doug Parr, afirmou que os poluidores vão se agarrar a ela.

O principal assessor científico do governo britânico, John Beddington, defendeu mais pesquisas. "Ela é parte da solução", disse ele, referindo-se à tecnologia.

As tecnologias de geoengenharia podem ser divididas entre as que removem o dióxido de carbono da atmosfera e as que refletem luz solar de volta ao espaço.

Essas opções hoje estão limitadas a experimentos em laboratório, e o relatório da Royal Society pede um programa de pesquisa de US$ 163 milhões de  dólares, ao longo de dez anos.

"Precisamos disso? Acho que há um risco significativo de que façamos progresso insuficiente com as reduções de emissão", disse um dos coautores do trabalho, James Wilsdon.

Fonte: Estadão

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