Oposição vota contra o projeto assegurando ser imoral, e critica ausência de Ana Lúcia.
O projeto que faculta ao Estado contratar servidores sem realizar concurso público (conforme manda a Lei) foi aprovado na Assembleia Legislativa em primeira discussão, hoje, terça-feira, dia 22. Apesar de a oposição ter votado contra, a proposta passou por maioria. Mesmo assim, não deixou de receber críticas - principalmente com o gancho proporcionado pela ausência da deputada estadual Ana Lúcia (PT).
"Ninguém nesta Casa é criança. Quando a deputada Ana Lúcia não vem no dia da votação desse projeto, é porque ela não quer colocar a digital nessa imoralidade. Ela sabe que esse projeto é indecente. E hoje ela faltou do mesmo jeito que não veio votar no projeto das Fundações da Saúde", julgou o deputado estadual Augusto Bezerra (DEM).
O líder da oposição deputado Venâncio Fonseca (PP) também sustentou o repúdio ao projeto e interpretou: "o governo está passando por cima do Judiciário. Porque, como o Tribunal de Justiça julgou inconstitucional o projeto anterior, eles fizeram um novo, com os mesmo objetivos, garantindo-se do fato de ter a maioria aqui na Casa para aprová-lo. Mas continuaremos dizendo que esse projeto é eleitoreiro e imoral. É um verdadeiro metrô da alegria".
A oposição defende que, ao invés de fazer contratações, o Estado deveria se utilizar do concurso público. Entretanto, de acordo com o líder do governo deputado estadual Francisco Gualberto (PT), as contratações suprem as urgências de mão-de-obra para o Estado. E, sobretudo, ainda segundo ele, a ideia do Executivo com essa Lei é fazer uma organização do sistema, determinando as situações em que podem contratar.
Da redação Universo Político.com - Por Raissa Cruz
Foto: Alese