O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na sessão para repudiar a posição da bancada do governo de Marcelo Déda (PT) em querer aprovar o projeto que dispõe sobre a contratação de servidores, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária do serviço, em casos de excepcional interesse público, na administração pública direta e indireta, inclusive fundacional, do Estado de Sergipe. A bancada de oposição batizou a propositura de “Metrô da Alegria”.
“De moralizador esse projeto não tem nada! Se for, eu não sei mais o que é moral! Está claro que o governo quer aprovar essas contratações temporárias para abrigar os cabos eleitorais, algo que Francisco Gualberto (PT) sempre combateu. Ele também esqueceu de citar que o projeto de 1990, que ele tanto propaga, é do governo de Valadares (PSB) e que Marcelo Déda votou contra a época. Gualberto fala em imoralidade do projeto do governo passado, mas boa parte da bancada dele hoje, que ele tem que engolir seco, votou a tal lei imoral de 1996. Outra coisa é que o governo atual usou direitinho essa lei até agora, até o Tribunal de Justiça dá um parecer pela sua inconstitucionalidade”, comentou o líder da oposição.
Venâncio Fonseca diz que Gualberto é um grande líder de governo, que defende com “unhas e dentes” aquilo que ele acredita, mas se disse surpreso em ver o petista liderando sua bancada para votar em algo que ele não acredita. “Gualberto sempre combateu isso aqui! Isso vai passar em todos os municípios. Ninguém nunca viu uma calamidade pública com prazo de dois anos. Isso é uma imoralidade e a sociedade sergipana tem o direito de tomar conhecimento disso. Ana Lúcia (PT) não veio, mas deu um parecer em um projeto eleitoreiro”, completou.
Habacuque Villacorte, da Agência Alese
Foto: Maria Odília, da Agência Alese