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Primeira reação contra acordo do PMDB com o PT vem de S. Paulo

28/9/2009

Acerto é considerado certo, mas a resistência vem de setores paulistas

Se a maioria do PMDB nos estados e no Congresso parece fechada com o Palácio do Planalto na sucessão presidencial, a resistência vem logo de São Paulo, para onde se voltam os líderes petistas. Lá o deputado Ciro Gomes desponta como um aliado estratégico, adversário ferrenho dos tucanos e decidido a enfrentá-los ajudando o governo, mas também pensando nas suas chances. O presidente do PMDB paulista, Orestes Quércia, é um permanente problema para o PT. Na sua entrevista ao jornal jornal Estado de S. Paulo ele admite que tem poder para fazer acordo com o PSDB, claro que em São Paulo, onde preside o Partido. Casualmente, o Estado do deputado Michel Temer, presidente nacional e que integra o conselho político de Lula. E mais do que isso: articula o acordo entre os dois Partidos e e fala sobre isso claramente.

Choque

E mais: Para Quércia o quadro não é o que dizem. E em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo revela como foi a reunião com o PMDB: "Estivemos lá eu, Jarbas Vasconcelos e Ibsen Pinheiro, representando o senador o Pedro Simon, diante do que declarou o presidente Michel Temer que teria se definido pela candidatura Dilma. Sou da Executiva Nacional e ninguém me falou a respeito. Nossa expectativa é de que as coisas vão mudar muito.”

A saída boa, segundo Quércia, ainda é possível e Temer prometeu que vai convocar outra reunião: o comando nacional vai decidir, mas não foi convocado. Ficou decidido que o deputado Temer vai realizar outra reunião. E Quércia faz uma declaração que mostra o confronto interno: "Nossa posição é de apoio à campanha do PSDB para o governo e de Serra para Presidente Temos poder para fazer este acordo mesmo sem o entendimento nacional", afirmou.


Carlos Fehlberg - POLÍTICA PARA POLÍTICOS