No Brasil o número salta para 5.786. Movimento continua forte, segundo Sindicato dos Bancários
No quinto dia de greve nacional dos bancários, segunda-feira, 28, chegou a 100 o número de agências fechadas no estado de Sergipe. No final do dia, os trabalhadores em greve realizaram uma passeata no centro da capital, Aracaju, saindo da Agência Banco do Brasil da Praça General Valadão, passando pelas agências bancárias do Calçadão da João Pessoa, com destino ao Sindicato dos Bancários de Sergipe - SEEB/SE - para realização de mais uma assembleia de avaliação da paralisação.
O ponto alto da passeata aconteceu no Bradesco, banco no qual os bancários resistem a participar do movimento. Participam apenas os bancários que têm imunidade, a exemplo dos diretores do Sindicato dos Bancários e da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe. Na agência do 'banco completo' da travessa José de Faro houve uma forte manifestação dos bancários com a presença de uma banda de frevo e do carro de som.
Nacional
A greve dos bancários cresce a cada dia. No primeiro dia paralisaram 2.881 agências; no segundo, 4.791; no terceiro, 5.786. “A nossa greve está se multiplicando e vamos crescer muito mais. Quanto aos interditos, não estamos depredando a propriedade dos banqueiros. Vamos continuar abordando os colegas e os clientes para fortalecer ainda mais o nosso movimento”, afirma a diretora do sindicato, Ivânia Pereira.
O que os bancários querem
As principais reivindicações da categoria, aprovadas na Conferência Nacional realizada entre 17 e 19 de julho e ratificadas pelas assembleias, são as seguintes:
- Reajuste salarial de 10% (reposição da inflação mais aumento real).
- PLR de três salários mais R$ 3.850.
- Valorização dos pisos:
Portaria: R$ 1.432.
Escriturário: R$ 2.047 (salário mínimo do Dieese).
Caixa: R$ 2.763,45.
Primeiro comissionado: R$ 3.447,80.
Primeiro gerente: R$4. 605,73.
- Auxílio-refeição: R$ 19,25.
- Cesta-alimentação: R$ 465,00 (um salário mínimo).
- 13ª cesta-alimentação: R$ 465,00.
- Auxílio-creche/babá: R$ 465,00.
- Fim das metas abusivas e do assédio moral.
- Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos, negociado com as entidades sindicais.
- Contratação da remuneração total, inclusive a parte variável, com a incorporação dos valores aos salários e reflexo em todos os direitos (13º, férias e aposentadoria) - com o objetivo de acabar com as metas abusivas.
- Garantia de emprego, fim das terceirizações e ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe demissões imotivadas.
- Mais segurança nas agências.
- Auxílio-educação para todos.
- Ampliação da licença-maternidade para seis meses.
A proposta da Fenaban
Reajuste: 4,5%.
PLR
a) Parcela em número de salários: 1,5 salário reajustado limitado ao valor individual de R$ 10.000 e limitado a 4% do lucro líquido de 2009, o que ocorrer primeiro.
b) Parcela linear: 1,5% do lucro líquido, distribuído linearmente, limitado ao valor individual de R$ 1.500,00.
Condições: Os bancos que tiverem prejuízo em 2009 não pagarão PLR. O valor poderá ser compensado dos planos próprios de participação em lucros ou resultados.
Salário de ingresso
Portaria: R$ 673,71.
Escritório: R$ 966,20.
Caixa: R$ 1.252,03.
Salário após 90 dias
Portaria: R$ 738,00.
Escritório: R$ 1.059,25.
Caixa: R$ 1.280,24.
Anuênio: R$ 16,35.
Gratificação de compensador de cheques: R$ 93,13.
Auxílio refeição: R$ 16,63.
Auxílio cesta-alimentação: R$ 285,21.
13ª cesta-alimentação: R$ 285,21.
Auxílio-creche/babá: R$ 285,00 (até 71 meses).
Auxílio-funeral: R$ 549,89.
Ajuda de deslocamento noturno: R$ 57,39.
Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto: R$ 81.998,61.
Requalificação profissional: R$ 819,52.
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