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Tema paralelo :: Lula pediu a Ciro para mudar o seu domicílio para São Paulo

5/10/2009

E o PT paulista abre Partido até para uma candidatura ao governo paulista

O deputado federal Ciro Gomes acabou revelando, no fim de semana, que um dos motivos para a transferência de seu domicílio eleitoral para São Paulo foi a ameaça de impugnação de uma eventual candidatura dele à Presidência da República. Segundo Ciro, o fato dele ser irmão do atual governador do Ceará, Cid Gomes, poderia ser motivo para que seus opositores o tirassem da disputa. Mas a principal razão, explicou, foi o pedido do presidente Lula. "Num dos cenários para 2010, Lula avaliava esse gesto como necessário", revelou Ciro. O outro motivo, segundo ele, foi uma avaliação feita pelo PSB de que para viabilizar sua candidatura a presidente, ele precisaria aprofundar suas relações com São Paulo, "pelo fato de ser o Estado mais importante do Brasil em alguns argumentos".

 

PT paulista pronto

Em evento na Câmara Municipal de São Paulo, o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, admitiu a possibilidade de o partido apoiar uma eventual candidatura do deputado federal Ciro Gomes ao governo de São Paulo em 2010. A ex-prefeita Marta Suplicy, por sua vez, afirmou defender a candidatura do deputado federal e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci ao governo.

A declaração de Berzoini, feita durante o evento de filiação dos empresários Ivo e Eleonora Rosset, da Valisère, ao PT, vem coincidir com a transferência de seu domicílio eleitoral para o Estado, abrindo a hipótese de lançar-se a governador.

"Há espaço para Ciro ser candidato em São Paulo com o apoio do PT", afirmou Berzoini, após participar, na Câmara Municipal, da cerimônia de filiação ao PT do empresário Ivo Rosset e da psicanalista Eleonora Rosset. "O PT é um partido democrático, onde os caciques não impõem à base nenhuma decisão. Pelo debate sobre o futuro do Brasil, há espaço para construir isso no PT." Apesar da disposição de Berzoini, o PT estadual trabalha também, com uma candidatura própria ao governo paulista.


Antonio Palocci

O deputado federal Antonio Palocci procura mostrar que não está preocupado diante da decisão de Ciro. "Como liderança política e como companheiro nosso, Ciro é muito bem-vindo ao debate em São Paulo", disse. "Ele vai ser muito considerado por nós." Mas não fala sobre sua própria candidatura.


Troca de legendas

Cerca de 30 parlamentares, deputados federais e senadores, já trocaram de partido para disputa das eleições do ano que vem, contrariando a regra da fidelidade partidária. Muitos desses políticos correm o risco de perder seus mandatos caso os partidos pelos quais foram eleitos reivindiquem os mandatos, conforme prevê a regra da fidelidade partidária. O DEM, já entrou na Justiça Eleitoral para reaver os mandatos de dois dos cinco deputados federais que deixaram a sigla.

O partido quer a vaga dos deputados Jairo Carneiro que foi para o PP, e de Nilmar Ruiz que migrou para o PR. O DEM informou que deve ingressar, nas próximas semanas, com processos na Justiça para reaver os mandatos dos deputados Bispo Rodovalho, José Carlos Vieira e Bispo Gê Tenuta.

Em compensação o PT e o PTB não pretendem recorrer à Justiça para reaver os mandatos de parlamentares que deixaram seus quadros. Recentemente, o PT perdeu dois senadores. A ex-ministra do Meio Ambiente e senadora pelo Acre Marina Silva deixou o partido e se filiou ao PV. Já Flávio Arns voltou para o PSBD.

Outros dois senadores, Mão Santa e Expedito Junior também trocaram de legenda, saindo do PMDB para o PSC e do PR para o PSDB. Com oito baixas, até o momento, o PMDB foi o partido que teve o maior número de desligamentos, segundo levantamento feito com as direções partidárias. No entanto, o PMDB recebeu três novas filiações de parlamentares. Já o DEM, que perdeu cinco, não recebeu nenhum novo parlamentar. O PR, que perdeu três parlamentares, ganhou seis novos filados. O PSDB perdeu um deputado e se filiaram à legenda dois senadores e dois deputados.

Desde a edição da regra da fidelidade partidária, diversos partidos que perderam deputados para outras legendas foram à Justiça Eleitoral pedir os mandatos. No entanto, apenas o então deputado Walter Brito Neto, da Paraíba, que deixou o DEM após a resolução, teve seu mandato cassado.


Toffoli marca data

O Supremo Tribunal Federal marcou a posse do advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, como novo ministro da Corte para o dia 23. Ele foi escolhido pelo presidente Lula para substituir Carlos Alberto Menezes Direito, que faleceu no dia 1° de setembro. A data da posse foi definida quando Toffoli visitou o Supremo.


Agora a ONU?

O presidente Lula disse no fim de semana que o Brasil nunca esteve tão perto como agora de conseguir uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, reivindicação antiga. "O Conselho de Segurança é uma questão de tempo", disse Lula a jornalistas. "Não sei se vai ser no meu mandato, mas nunca esteve tão maduro, existe uma compreensão do mundo. O problema é que quem está lá não quer largar". Para Lula a vaga esta perto, mas “o que nós reivindicamos é uma reforma."


Carlos Fehlberg - Política para Políticos