Os professores da rede municipal de ensino de Aracaju paralisaram suas atividades na manhã de ontem e percorreram as ruas do centro comercial da cidade em protesto contra a proposta do prefeito Edvaldo Nogueira (PcdoB/SE) de implantação do Piso Salarial. De acordo com a presidente do Sindicato dos Professores do Município de Aracaju (Sindipema), Maria Elba da Silva, a proposta apresentada implicará em perdas salariais de 55%. "Se o piso for implantado da forma que o Prefeito quer, perderemos 50% do salário no fim da carreira. Temos professores que irão perder R$ 191,00 se a proposta for implantada", afirmou.
Na proposta da PMA, as férias do magistério passariam de 60 para 45 dias e a gratificação do professor com pós-graduação passaria de 18,9% para 10%. Já os professores com mestrado e doutorado passariam a receber gratificação de 10%, ao invés dos atuais 12,2%. "Solicitamos que a população nos apóie nessa luta. Educação não é mercadoria e não vamos abrir mão de direitos adquiridos. Vamos mostrar ao prefeito e a sua equipe econômica nossa indignação com essa proposta. Queremos que o piso seja implantado de acordo com a lei 11.738/08", disse a sindicalista.
Os professores seguiram em caminhada até a Câmara de Vereadores de Aracaju, onde entregaram as reivindicações da categoria ao presidente da Câmara e líder da bancada governista, Emanuel Nascimento (PT/SE). "Pedimos que os vereadores não aprovem a proposta do Prefeito. Essa luta não é só dos professores, é uma luta de toda sociedade, uma vez que, educação de qualidade é um direito de todos", declara.