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Folha on line - Do litoral ao agreste, Sergipe reserva surpresas ao turista

13/2/2009

Ainda pouco explorado como destino turístico pelas grandes operadoras, Sergipe surpreende o turista com atrações que vão do litoral ao sertão, com belas paisagens, praias quase desertas de águas quentes, história e uma vida noturna agitada.

 

 

 Márcio Diniz/Folha Imagem

Primeira capital planejada do Brasil, Aracaju difere das demais do Nordeste. Organizada e limpa, a cidade tem uma excelente infraestrutura, com bons hotéis, restaurantes e bares.

Em Aracaju, reserve algumas horas do dia para visitar os mercados Tales Ferraz e Antônio Franco. É uma ótima oportunidade para integrar na cultura local, Os dois ficam no caminho para a ponte estaiada Construtor João Alves, que liga a capital à Barra dos Coqueiros.

No mercado Antônio Franco encontra-se as lojas de artesanato, comidas típicas e ervas medicinais --uma atração à parte. Lá é possível encontra mais de 200 tipos de ervas que prometem curar qualquer tipo de dor ou doença.

Os preços são justos e dá para levar uma lembrançinha para toda a família.

O Tales Ferraz, que fica na mesma praça, é uma espécie de mercadão. A mistura de cheiros e cores dá um toque especial. Lá é vendido todo tipo de espécie de frutos do mar e peixes. Não deixe de provar as frutas da região como mangaba, umbu, murici e siriguela.

Já o turista que gosta de uma balada, a agitação noturna concentra-se na Passarela do Caranguejo, na orla da praia de Atalaia. São mais de 50 bares e restaurantes que mesclam a culinária tradicional sergipana com a japonesa e italiana. Mas o caranguejo domina o prato principal. Tudo embalado pelo forró.

Na orla de Atalaia também estão instalados um oceanário com diversas espécies de peixes e tartarugas marinhas, parques de diversões, espaços para shows e o Centro de Cultura e Arte, que abriga uma feira de artesanato e barracas de comida típica.

História, dunas e mangue

Por ser o menor Estado do país --Sergipe tem pouco mais 21 mil km e 173 km de litoral--, o acesso aos principais destinos é fácil e rápido e as estradas são boas.

Em pouco menos de meia hora de carro, seguindo em direção ao litoral sul do Estado, está São Cristóvão, a quarta cidade mais antiga do país e ex-capital do Estado.

A cidade é um verdadeiro museu ao céu aberto com suas igrejas, construções do final do século 16 e ruas pacatas, onde o tempo parece parar.

A praça São Francisco, onde ficam a igreja e convento de mesmo nome, aguarda reconhecimento da Unesco para ser Patrimônio da Humanidade. A construção de 1693, abriga o terceiro museu de arte sacra mais importante do Brasil.

Atravessando o rio Vaza Barris de balsa chega-se ao no município de Estância, onde dunas e mangues se misturam. Vale uma parada nas praias do Saco e Abais.

A construção de uma ponte sobre o rio Vaza Barris irá encurtar ainda mais o percurso e facilitará uma esticada à Mangue-Seco, na Bahia, local onde foi ambientada a novela "Tieta", da Globo, nos anos 90.

O Porto dos Cavalos, de onde saem às escunas que navegam pelos rios Real e Itapicuru, é o ponto de partido para se chegar ao paraíso baiano, mas que parece mais uma extensão do Estado sergipano. É um roteiro obrigatório para quem vai a Aracaju.

Agreste

Seguindo para extremo norte de Sergipe a paisagem muda radicalmente. Ao invés de dunas, o agreste.

O destino é Canindé do São Francisco, onde se encontra o cânion do Xingó, nas águas do rio São Francisco e na divisa com Alagoas.

A viagem de Aracaju até o porto de onde saem os catamarãs, na barragem da Usina Hidrelétrica de Xingo, dura cerca de 3 horas, mas vale à pena encarar a estrada.

Xingo é o quinto maior cânion do mundo navegável. Em alguns trechos a profundidade do "velho Chico" chega a 300 metros.

O passeio pelo rio São Francisco dura cerca de 3 horas. Por quase todo o percurso paredões rochosos e a vegetação da caatinga são companheiros de viagem. Aproveite a parada para se banhar nas águas do mais importante rio do Nordeste.

 

Olhar Direto apud Folha Online