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Parquímetros voltam a ser combatidos por parlamentares sergipanos

14/10/2009

Vereadores e deputados debatem sobre cobrança de estacionamento. Contrato vence em 2010

Na manhã desta quarta-feira, dia 14, após o líder do prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) na Câmara, vereador Elber Batalha (PSB), ter observado que o contrato da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) com a empresa Varca Scatena, responsável pelo serviço de parquímetros no centro de Aracaju, encerra-se em março de 2010, os deputados estaduais Gilmar Carvalho (PR) e Augusto Bezerra (DEM), e os vereadores Jailton Santana (PSB) e Nitinho (DEM) iniciaram um debate sobre a continuidade do contrato. O debate aconteceu na Ilha FM. O sentimento mais uma vez é contrário aos parquímetros.

"Uma coisa é ter parquímetro para criar rotatividade. E assim criar menos inferno no trânsito. Mas, o que eu sou contra é o contrato da PMA com a Vaca Scatena. Esse contrato é danoso e não tem colaborado com o povo de Aracaju. Se, por exemplo, o sujeito tiver uma peça do carro roubado eles não tomam nenhuma providência", opinou Gilmar Carvalho, que voltou a denunciar que a empresa tem direito a 96,3% da arrecadação, de acordo com o contrato firmado com o Município.

Em concordância o vereador Jailton comentou: "o parquímetro é viável, mas deveria ser administrado pelo município, para que o valor seja revertido para a prefeitura".

Já o deputado Augusto Bezerra, que contesta a cobrança dos estacionamentos públicos, destacou a proposta que trata das áreas privadas que ele está apresentado na Assembleia Legislativa.

"Pelo nosso projeto a pessoa terá direito de utilizar o estacionamento e mostrando a nota fiscal do que comprou no shopping, não pagará nada. O que não aceitamos é que aquele que não vai usar o serviço do shopping ocupe o estacionamento e não pague por isso".

Sobre isso o vereador Elber, acredita que será dada uma oportunidade para as empresas aplicarem no consumidor uma cobrança que já é embutida nos preços dos produtos ou serviços que elas prestam. "Implantar esta lei é dar a brecha que as empresas estavam querendo, desde quando reprovamos a liberação da cobrança nos locais privados de Aracaju", alertou ele.

Seguindo a perspectiva de Elber, o vereador Nitinho contestou qualquer pagamento tanto pelo estacionamento privado, quanto, principalmente, pelo público.

"A PMA não pode ter um peso e duas medidas. No momento que ela não permite que se cobre na via privada, já que sancionou a lei, ela também na pode cobrar na via pública. Porque a via publica é do povo. A prefeitura só pode coordená-la. E mesmo assim, a prefeitura ela não vai deixar de arrecadar por isso, porque poderá cobrar multas com a permanência além do horário limite no estacionamento, bem como em outras irregularidades no trânsito", frisou.

Quanto ao valor que atualmente é tirado do parquímetro para pagar os agentes que fiscalizam o estacionamento rotativo, Nitinho sugeriu: "se não for adequado o uso de agentes mirins, no caso, dando emprego aos flanelinhas, a PMA pode muito bem colocar para trabalhar os cargos comissionados que estão por aí, ganhando sem fazerem nada".

Por Raissa Cruz - Da redação do Universo Político.com


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