No Dia da Pecuária, comemorado nessa quarta-feira (14), o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) informou ao Plenário que o campo brasileiro tem melhorado sua tecnologia, pois, de 1996 a 2006, o rebanho bovino cresceu 12%, mesmo usando 10,7% a menos de pastagens. Ele disse que há pouco mais de dez anos as fazendas do país mantinham 86 bovinos em 100 hectares. Agora, os pecuaristas já conseguem, na média, criar 108 animais na mesma área.
De acordo com Valadares, os últimos levantamentos informam que o Brasil mantém o maior rebanho bovino do mundo, com cerca de 207 milhões de cabeças. Nos dez anos anteriores a 2006, a pecuária nacional apresentou crescimento rápido no Centro-Oeste e partes da região Norte, mas com redução na maioria dos estados nordestinos, exceto o Maranhão. O maior aumento ocorreu no Pará, com 119%. O Mato Grosso do Sul continua com o maior contingente bovino, com 20 milhões de animais, seguido de perto por Minas Gerais e Mato Grosso.
O senador observou que o setor rural tem ajudado o país a superar a crise financeira e que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem sido de extrema importância para a melhoria da produtividade dos agropecuaristas. Ele lembrou que a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado está examinando projeto de sua autoria que institui o Estatuto do Produtor Rural (PLS 375/06), que vem sendo relatado pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO).
Em aparte, o senador Valter Pereira (PMDB-MS) destacou que a agropecuária é responsável por um terço da produção econômica nacional e 34% das nossas exportações. Além disso, o setor rural oferece 37% dos empregos do país. Valter Pereira ponderou que, apesar da importância do campo, os produtores vivem em "instabilidade e insegurança", citando a invasão de fazendas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST).
Fonte: Agência Senado
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