Nomes como José e Maria já não são os mais escolhidos nas maternidades brasileiras.
Nasceu! Agora é hora de escolher um nome para o filho. Existe alguma regra, algum padrão? Fomos às ruas tentar saber onde os brasileiros encontram inspiração pra tantos nomes criativos. São nomes diferentes, com grafias diferentes.
Nomes como José, Francisco e Maria já não são os preferidos nas maternidades. Nos Estados Unidos, os pais escolhem os nomes das crianças de olho na bolsa de celebridades.
Nove meses e nenhum consenso. “Todo mundo perturba para saber o nome. A culpa é do meu marido”, conta a dona de casa Carla Cristina Ferreira.
O casal tinha um acordo. Se fosse menina, Carla escolheria o nome. Mas como é menino, a decisão ficou para o pai, Edmar Braz de Lima: “Ainda estou indeciso entre uns cinco nomes”, confirma o marido de Carla, Edmar Bráz de Lima.
Guerra é o que a vendedora declarou contra o próprio nome. Só o confessa sob a tortura do microfone: “Geciana, mas sou mais conhecida assim como Jô”, conta a vendedora Gessiana Teresa dos Santos.
Jô de quê, hein...
“Joelma, da banda Calypso”, explica a vendedora.
O apelido também ajuda a comerciante Geralda Maria Silva a abreviar o sofrimento por não gostar da maneira como foi batizada: “Gê”. Gê vem de Geralda. E Geralda, de uma família de 14 irmãos. Nem dá para dizer o nome de todo mundo: “Geni, Geralda, Genusa, Genecilda, é filho demais”.
Mas e você, Geralda, que nome deu mesmo para o seu filho? “Goutieble”, soletra.
Quem não tem tanta criatividade, junta nomes que já existem, como os pais de Duvan Matias dos Santos: “É uma mistura do nome da mãe com o do pai. Minha mãe é Dulvarina e meu pai é Bastião”, diz o garçom Duvan Matias dos Santos.
Os nomes que mais aparecem na maior maternidade pública do estado de São Paulo são Júlia e Gabriel. Estão no topo da lista faz algum tempo: desde 2008. O que também é bem comum são os pais indecisos. Muitos, no momento em que entram na sala de parto, ainda não sabem que nome vão dar ao filho.
“Uns 40% dos casais escolhem o nome depois que o nenê nasce. Vê o rostinho e aí é que definem o nome”, explica a gerente da área de ginecologia do Hospital Interlagos Loreta Maria Cecato.
“É estranho ter um filho e ele ainda não ter nome, porque quando os outros perguntam você fica meio sem jeito de dizer”, aponta a dona de casa Camila Cerqueira da Silva.
Quer uma ajuda, Camila? Uma pesquisa feita nos Estados Unidos diz que os americanos escolhem o nome dos filhos como se aplicassem na Bolsa de Valores. Se uma pessoa está em alta, como o presidente Barack Obama, que acaba de ganhar o Nobel da Paz, o número de crianças com o nome dele aumenta nas maternidades.
Quem já não é tão popular assim perde espaço no mercado dos cartórios. Aqui no Brasil, a popularidade também conta e pode ser celebridade internacional:
“Angelina. Achei bonito Angelina Jolie”, diz uma mãe.
“Jenifer, porque ele gostava da Jeniffer Lopez, achava bonita”, aponta outra mulher.
Estes nomes estrangeiros fazem a gente lembrar que tem mais uma escolha difícil: a grafia. O Y que até pouco tempo nem fazia parte do nosso alfabeto é preferência nacional. Que o diga uma página do registro dos bebês que nasceram no dia 3 de setembro: Kayque, Yasmin, Bryan, Yuri e Kawanny.
“Jullya se escreve com dois L e um Y”, corrige a dona de casa Michelly Patrícia de Oliveira.
“Acho que dá um charme a mais no nome. Antes era para ser Victor, mas ia ser Victor, mas queria que colocasse com dois T. Mas Victtor com C e dois T, ia ficar muita coisa, ia ficar charme demais”, brinca a estudante Caroline Rodrigues Andrade.
Em segundo lugar na pesquisa feita nas maternidades públicas de São Paulo, os nomes que mais aparecem são: Kauan e Maria Eduarda.
Fonte: Bom Dia Brasil
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