O Windows 7 será lançado nesta quinta-feira com festa em grandes lojas do Rio e de São Paulo. O hipermercado Extra da Barra e o PontoFrio de Ipanema estarão abertos de quarta até 1h30m de quinta-feira, à espera dos mais afoitos pelo novo sistema operacional da Microsoft - com direito a brindes, promoções, atrações culturais e experimentação do sistema operacional. Mais que um lançamento, tem jeitão de happening. (Leia também: Dell prevê que estímulo do Windows 7 virá na metade de 2010 )
São Paulo, claro, não ficará para trás. O presidente da Microsoft Brasil, Michel Levy, visitará na quarta à noite a loja do Extra no Itaim, que receberá várias ações promocionais. Os 300 primeiros clientes que comprarem o Windows 7 ganharão brindes. A pré-venda terá início apenas às 21h e a meia-noite o sistema operacional poderá ser comprado de fato. (Leia também: Apple prepara anticampanha para o lançamento do Windows 7 )
A Fnac da Avenida Paulista fará uma festa fechada para convidados entre 21h da quarta-feira e 1h da quinta com DJ e show da cantora Paula Lima. As 100 primeiras pessoas que comprarem o Windows 7 receberão brindes.
A versão mais simples do sistema operacional, Home Basic, custará R$ 329. A versão Home Premium, voltada para usuários domésticos com máquinas mais parrudas, sairá por R$ 399. O Windows 7 Professional, indicado para usuários corporativos, custará R$ 629, e o Ultimate, indicado para entusiastas de tecnologia, R$ 669. (Leia também: Windows 7 pirata já circula na China antes de lançamento )
Saiba qual versão do sistema é melhor para você
Assim como seu antecessor, o Windows 7 vem em vários sabores: Starter, Home Basic, Home Premium, Professional, Ultimate. A Microsoft diz que essa variedade permite que o sistema se adapte aos diferentes tipos de usuários e suas configurações de equipamento. Além disso, como já vimos, as versões têm preços distintos. Mas será mesmo uma boa ideia oferecer tantas versões do sistema operacional?
Antes de responder a essa pergunta, vamos conhecer um pouco das características de algumas versões:
Starter Edition: é a versão mais simples do Windows 7 e não será vendida em lojas, mas poderá vir instalada em micros com configurações de hardware mais simples e netbooks. O preço será competitivo para tentar "matar" o Windows XP de vez (principalmente em netbooks). Esta versão, porém, vem com uma série de restrições que provavelmente vão irritar a maioria dos usuários, tais como a impossibilidade de usar a interface Aero e até de reproduzir filmes em DVD. Além disso, só teremos o Windows 7 Starter Edition de 32-bits. Não recomendo para ninguém. O melhor é tentar um upgrade para a versão Home Basic ou Premium.
Ultimate: é a versão "topo de linha" do Windows 7. Vem com todos os recursos do Windows 7, muitos dos quais não serão utilizados por grande parte dos usuários. Também é versão mais cara e só vale a pena se dinheiro não for problema, pois a relação custo/benefício não é boa.
Home Basic/Home Premium/Professional: São as versões mais indicadas para a maioria dos usuários domésticos. A versão Home Basic, apesar de melhor que a Starter, também tem algumas limitações (a principal é a impossibilidade de criar homegroups) e deve ser evitada. A Home Premium é bastante parecida com a Professional e, para usuários domésticos, é a mais indicada. E existe também a versão Enterprise, para usuários corporativos. Uma comparação mais completa entre as versões do Windows 7 pode ser vista em http://67p7e.tk .
Outro detalhe que não podemos nos esquecer diz respeito ao debate 32-bits versus 64-bits. Tirando uns poucos processadores mais simples e os processadores Atom para netbooks, todos os outros processadores do mercado já permitem sistemas operacionais de 64-bits.
É por isso que não entendo por que a Microsoft continua colocando como "padrão em suas caixinhas os sistemas de 32-bits. Na verdade, como alguns fabricantes de hardware ainda não têm drivers decentes de 64-bits para seus equipamentos (impressoras, placas de vídeo etc) a Microsoft ganha quando torna o 32-bits um padrão. Infelizmente, com o preço das memórias RAM despencando, muita gente vai perceber que deveria ter optado pela versão de 64-bits um pouco tarde.
Essa salada de opções do sistema operacional deveria ser benéfica para quem compra, mas na minha modesta opinião, confunde mais do que ajuda. Eu acho que deveríamos ter, no máximo, duas versões do sistema - que, no caso, seriam a Home Premium e a Professional.
Eu sei que as versões Starter e Home Basic foram criadas para baixar custos, mas do jeito que estão só servem para aumentar a taxa de pirataria do Windows XP e também sua sobrevida.
Aliás, o ideal é que existisse apenas uma versão, como a Home Premium e todas as funcionalidades das versões Professional ou Ultimate pudessem ser instaladas como programas à parte. Não acho que isso seria uma tarefa tão difícil. Posso até estar errado, mas esse esquema de versão única com upgrades opcionais (pagos, é claro!) provavelmente seria até mais lucrativa para a Microsoft do que o que temos hoje.
Abel Alves e O Globo
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