Fortaleza (AE) - “Com o Ciro candidato, qualquer um ganha. Ciro tem importância, mas essa importância é insignificante para nós. Ele é derrotado em toda simulação do primeiro turno com os adversários efetivos que ele tem”. As provocações são do presidente do PPS Nacional, Roberto Freire, que será reeleito para o cargo neste sábado (24), em Fortaleza, tendo como vice o ex-presidente Itamar Franco.
Freire reconheceu ontem, durante abertura do Encontro da Executiva Nacional do PPS, na capital cearense, que Ciro foi importante nas duas vezes que se candidatou pelo partido à Presidência da República (1998 e 2002) e “não estamos fazendo nenhuma demonização dele, mas o Ciro é um candidato difícil. Ele está isolado. E é um candidato que não sei nem se será porque Lula não decidiu”, alfinetou.
O líder nacional do PPS criticou também a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dila Rousseff, a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2010. “É frágil e fraca. É uma candidata que não se consolidou e vem há um ano Lula fazendo campanha dela. Usando nosso dinheiro de imposto de forma profundamente irresponsável e a candidata dele não se consolida (...) Lula tem feito campanha sistemática para Dilma e ela está tendo dificuldade de enfrentar Ciro Gomes, e o surgimento de Marina Silva já a colocou nos calcanhares dela. Fragilidade de forma objetiva”, avaliou.
Sobre a definição do PPS, Freire destaca que o partido vai apoiar a candidatura do PSDB e defende uma chapa puro-sangue tucana: com os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). “Temos dois excelentes candidatos. Vamos ter calma e no momento apropriado a gente define, mas não acho que chegue até março de 2010. O PPS não pede vice. Nós defendemos que a chapa seja Serra-Aécio ou Aécio-Serra”.
“O PSDB não pode incorrer em outro equivoco como foi a candidatura de Geraldo Alckmin em 2006, quando as pesquisas indicam Serra”, lembrou Freire.
O PPS pretende lançar candidato ao governo de São Paulo. É a secretária da Prefeitura de São Paulo, Soninha. “Se ela não aceitar, o PPS vai apoiar a candidatura do PSDB, que pode ser Geraldo Alckmin ou Aloísio Nunes”, afirmou Freire. O PSS tem ainda as pré-candidaturas de Nilson Lima, em Sergipe, e Moreira Mendes, em Rondônia. No Ceará, tem a possibilidade de apoiar Roberto Pessoa (PR).