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GPS nos ônibus é promessa de melhorias

28/10/2009

Empresários e SMTT apostam na melhoria do serviço através do monitoriamento dos veículos. Usuários ainda estão descrentes

Que o transporte público oferecido na capital sergipana deixa muito a desejar, isso já não é mais novidade. O que existe de novo, no entanto, é a disposição de empresas de ônibus e do setor público para tentar oferecer ao usuário um serviço de melhor qualidade. Além da compra de novos ônibus, as empresas que atuam em Aracaju e na região metropolitana estão fazendo um alto investimento na instalação de GPS (Sistema Global de Posicionamento) nos veículos.

A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) de Aracaju acredita que até o final do ano todos os 614 ônibus que compõem a frota já estarão sendo monitorados pelo sistema. A expectativa é que, através desta ferramenta
Paulo Alexsandro: GPS é um instrumento para empresa e gestores
moderna, a qualidade na oferta no serviço de transporte público melhore. Isso ocorrerá, na medida em que a fiscalização do serviço prestado por motoristas e cobradores será mais rigorosa. 

“Vai ser um instrumento para que as empresas e gestores possam adequar os serviços às necessidades dos usuários”, afirma o analista de sistema, Paulo Alexsandro Freitas, do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp). “Todos os ajustes necessários poderão ser feitos com base em dados confiáveis, disponibilizados através de um sistema on-line”, ressalta Paulo.

O que ganham as empresa?

Nas empresas serão instaladas telas para monitorar os veículos
Através do GPS todo o trajeto do veículo será monitorado por operadores que ficarão nas sedes das empresas e na SMTT. Serão disponibilizadas num sistema on-line informações como  previsão de chegada dos ônibus nos pontos de paradas, localização exata durante o trajeto, tempo que o veículo ficou parado e se estava com motor ligado ou desligado, dentre outras. 

O superintendente de três empresas que atuam em Aracaju e na grande Aracaju, José Carlos Alves, conta que está sendo investido mais de R$ 180 mil só na compra de material. “Além disso, teremos um custo de manutenção mensal de mais ou menos R$ 23 mil”, explica. Ele acredita que o retorno financeiro após a implementação do GPS poderá vir na medida em que gastos desnecessários, principalmente com combustíveis, estarão sendo fiscalizados e, consequentemente, evitados pelos motoristas.

José Carlos aposta em retorno financeiro
Segundo José Carlos, no dia a dia dos motoristas não vai haver nenhuma alteração. “Os motorista apenas terão mais condições de oferecer um melhor serviço ao usuário”, pontua. “Para quem cumpre as normas e horários não muda em nada”, reforça o motorista Genisson Oliveira. No entanto, ele acredita que em muitas linhas o cumprimento de horários é tarefa muito difícil e com o GPS isso será ainda mais cobrado dos profissionais.

O que ganha o usuário?

Se para os motoristas pouca coisa deverá mudar, para os usuários, acredita-se, que a conseqüência deste investimento poderá ser um serviço de melhor qualidade, com ônibus chegando nos horários estabelecidos, cumprindo os percursos de cada linha, trafegando com velocidade controlada, dentre outras mudanças.

Genisson acredita que para quem cumpr normas nada vai mudar
Além disso, está prevista a instalação de painéis em locais públicos, principalmente nos terminais de integração, informando os horários previstos de chegada dos ônibus, semelhante aos que existem nos aeroportos. Outra medida possível, após a instalação do sistema, é a disponibilização de tais informações via aparelhos celulares.

A reportagem do Portal Infonet foi às ruas e entrevistou usuários sobre a mudanças que poderão ocorrer com a implementação do GPS nos ônibus, processo que deverá ser concluído em dezembro deste ano. Clique e confira a opinião de alguns entrevistados e participe dexando também seu comentário sobre o tema.

Por Carla Sousa - Infonet


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