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Goretti pede mais coerência a Gualberto

28/10/2009

A deputada Goretti Reis, (DEM), usou a tribuna na manhã desta quarta-feira, 28, mais uma vez em prol dos pedevistas. Lembrou da existência de um projeto de autoria da Democrata que tramita na Assembléia, onde tem como objeto à reintegração dos que foram demitidos através do Plano de Demissão Voluntário, PDV em 2007. O tema principal de sua fala foi pedir coerência ao líder do Governo Francisco Gualberto, já que o mesmo foi solidário aos pedevista do Banco do Brasil no período de 1995 a 2002.

Goretti lembrou que na verdade a demissão voluntária não procede, e que foi um processo de coação, de pressão para que realmente houvesse adesão ao PDV. Disse ainda que em outros estados, a exemplo do Piauí, os funcionários já foram reintegrados e em Alagoas o processo está em andamento. “O líder do Governo chegou a dizer na Assembleia, que o meu projeto estava vendendo ilusões, mas não disse que em governos passados, como mostram as matérias, esteve envolvido, sendo frente de movimentos para a reintegração dessa categoria, e que também é um pedevista”, declarou Goretti.

A Deputada reforçou o pedido de apoio da Casa e em especial o de Francisco Gualberto que já passou por essa situação, quando foi demitido no ano de 2002 e consequentemente reintegrado a Petromisa, conforme matéria publicada no Jornal Cinform datado de abril 2006. Na ocasião, no ano de 1982, Gualberto foi efetivado como funcionário da antiga Nitrofertil, hoje Fafen, através de concurso público.

Em 2002, oito anos depois de sua demissão, Gualberto foi amparado pela Lei Zica, que assegurava a anistia dos trabalhadores que participaram dos movimentos de 1994 e 1995, ele foi readmitido aos quadros da empresa, assim como centenas de outros funcionários. Na matéria Gualberto ressaltou que a “história dos operários nada mais é do a luta de classe”, e deixa claro o compromisso com os trabalhadores no que se refere à reintegração de 30 funcionários que na época ainda não tinham sido beneficiados Lei Zica.

“O que chama a atenção é que Gualberto fazia moção de apoio nessa Casa ao projeto do senador Inácio Arruda considerando a causa muito injusta. Chegou a declarar para o site JusBrasil.com.br, que conheceu um cidadão, acompanhado da mulher grávida, vendendo lanches na porta da Deso, fruto do PDV”. Informou Goretti lembrando que Gualberto concluiu a entrevista dizendo esse plano de voluntário não tinha nada.

Com essa solicitação, a Deputada contou com o aval dos pedevistas que ocuparam a galeria da AL. Vilsom Alves de Oliveira, que aderiu ao PDV e está na luta pela anistia e o retorno ao trabalho, ficou indignado com a intransigência do deputado Francisco Gualberto. “Ele sabe o que é ser desempregado aos 50 anos de idade. Sabe que o PDV não foi voluntário porque aquele que não aderisse ficaria desempregado. O papel da deputada Goretti Reis é de suma importância para nós, na realidade é a salvação para as pessoas que já não tinham mais esperança”.

Goretti solicitou a Gualberto para que o mesmo tenha a solidariedade que já teve no passado, com os pedevistas. “Essas pessoas precisam do apoio da Assembleia, principalmente do líder do Governo, para que realmente esse processo venha a ser aprovado. Nada mais justo do que contar com a compreensão de quem já viveu o problema”, finalizou.

Fonte: Faxaju


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