Partidos articulam estratégia para diminuir poder dos Amorim
8/11/2009
PT, PSB, PMDB, PDT e PCdoB não querem chapa para a Assembleia com a participação do PSC
Lideranças políticas do PT, PSB, PMDB, PDT e do PCdoB - partidos que formaram a aliança que deu a vitória a Marcelo Déda em 2006 - já comungam de um mesmo pensamento. O ingresso do PSC dos Amorins nessa chapa na disputa à Assembleia Legislativa só favoreceria o próprio PSC, que garantiria no mínimo as atuais cinco cadeiras, deixando de sobra umas três vagas para estas siglas.
E como ficariam candidatos como Garibalde Filho (PMDB), Armando Batalha (PSB), Tânia Soares (PCdoB), só para citar alguns com mandatos? Será que teriam cacife para chegar aos 23 mil votos?
Para estas lideranças, a salvação viria de duas formas. A primeira seria a saída do PSC da chapa, o que reduziria o coeficiente eleitoral para algo em torno de 18 mil votos. Nessa perspectiva, o bloco governista original teria condições de eleger mais candidatos, reforçando a participação deles no Legislativo.
A segunda saída - caso o PSC não aceite se retirar dessa chapa para formar um chapão misto com todos os partidos ligados aos Amorins - seria a formação de um grande chapão, com todas as siglas que fazem parte do bloco de sustentação do governador Marcelo Déda.
Com o chapão formado com cerca de 20 partidos, a eleição para deputado se transformaria numa disputa majoritária, com 48 candidatos pleiteando as 24 vagas. Segundo um estrategista do governo, nesse quadro só entrariam candidatos com uma boa base eleitoral e, no mínimo, 12 mil votos para começar.
Esse mesmo estrategista diz que o chapão elegeria entre 19 a 20 deputados, dividiria melhor as vagas na Assembleia, equilibrando o número de parlamentares ligados aos irmãos Amorins e aos partidos da base de Déda. A ideia está crescendo entre as lideranças e deve ser apresentada ao Conselho Político assim que o governador se recuperar totalmente.
*Os textos publicados neste espaço são de responsabilidade única de seus autores.