'Call of duty: modern warfare 2' é guerra de verdade na casa do jogador
11/11/2009
Conflito fictício retratado com fidelidade é o grande atrativo do título.
Game traz gráficos de última geração para os consoles e o PC.
Plataformas: PlayStation 3 (versão testada), Xbox 360 e PC
Produção: Activision
Desenvolvimento: Inifinity Ward
Distribuição no Brasil: Synergex e NC Games
Gênero: Tiro em primeira pessoa
Lançamento: 10/11/2009
Preço sugerido: R$ 230 (para PS3 e Xbox 360)
Nota: 9,5*
A grande imersão proporcionada por alguns jogos de videogame da atualidade os coloca níveis acima de outras produções culturais como filmes e músicas e transforma o título em um padrão a ser seguido por toda a indústria. A realidade que o game “Call of duty: modern warfare 2” consegue apresentar é tanta que, por meio dos gráficos e do som ininterrupto dos tiros, o jogador se sente dentro de uma verdadeira zona de combate.
O título, desenvolvido pela Infinity Ward e produzido pela Activision, é a sequência direta do primeiro “Modern warfare”, lançado em 2007, que conta a história de um grupo de soldados americanos contra terroristas russos. O game é de tiro em primeira pessoa, ou seja, o jogador enxerga pelos olhos do personagem, com a arma utilizada em primeiro plano. A guerra fictícia retratada apresenta muita violência, tornando o jogo não recomendado para menores de 17 anos nos Estados Unidos. No Brasil, o jogo ainda não tem classificação indicativa definida.
A Activision também quis trazer polêmica para o game. Entre as mais de 10 horas de jogo do modo “campanha”, além de combater milícias em territórios como o Afeganistão, o jogador viajará para combater os vilões escondidos dentro de uma favela no Rio de Janeiro e terá que participar de um terrível ataque terrorista em um aeroporto russo. Contudo, para não ofender boa parte de seu público, há uma opção no início do game que desabilita missões como essas e conteúdo mais ofensivo como excesso de sangue, por exemplo.
Ação de cinema
Do começo ao fim, “Call of duty: modern warfare 2” traz tanta ou mais ação do que um filme de Hollywood. O jogador se encontrará sempre no meio do fogo cruzado, em situações de risco de vida e não pode ficar parado um segundo. O som dos tiros cruzando o ouvido do personagem, as bombas explodindo e modificando o ambiente criam uma atmosfera tensa e assustadora. A dificuldade, mesmo em níveis mais fáceis, é grande, o que poderá afastar gamers menos experientes.
A fase que acontece em uma favela do Rio de Janeiro define bem o clima que o game deseja passar aos jogadores. Apresentando os melhores gráficos da atual geração de consoles, as ruas estreitas e as casas são rigorosamente detalhadas. Os traficantes descem o morro e atacam por todos os lados e é muito difícil encontrar um canto para se proteger. Para aumentar a dificuldade, as finas paredes das casas não resistem às balas, que as atravessam e atingem o jogador.
Para sobreviver ao ataque, há uma série de armas que o jogador pode utilizar, todas existem no “mundo real”. É possível até roubar equipamentos do adversário caso a munição de uma metralhadora acabe, usar granadas e elementos do cenário como botijões de gás para conseguir escapar do ataque.
Em outra cena polêmica, o jogador disfarçado de terrorista deve atacar passageiros em um aeroporto na Rússia. A cena é forte, com centenas de civis sendo mortos no local. Há a opção de atirar ou não nas pessoas, mas o game não induz a cometer o ato.
Por mais próximo da realidade que “Call of duty: modern warfare 2” seja, ele conta a mesma história do bem contra o mal de sempre, trazendo o que há de mais atual em termos de tecnologia de jogos de videogame. E é por isso, por seus controles precisos e por um modo de jogo online viciante, que ele é um dos games mais vendidos de todos os tempos.
*A análise do G1 utiliza uma escala de 0 a 10 e considera a experiência geral do jogo, com base em fatores como inovação, diversão e valor para o jogador.