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Saiba onde estão os melhores empregos do mercado de internet

11/11/2009

Com o rápido avanço da web, falta mão-de-obra para algumas funções; veja quais são as atividades promissoras e como conquistar sua vaga.

Basta uma conversa rápida com executivos de internet para que se ouça a queixa de que há escassez de profissionais em determinadas área desse setor.  É fácil entender a questão: como se trata de um mercado relativamente novo e que cresce a passos largos, a formação não acompanha o mesmo ritmo.

Para completar o quadro, trata-se de uma atividade qualificada e com competências específicas.

Se os gestores reclamam da falta de profissionais, isso quer dizer que há um bom campo a explorar para quem deseja melhorar sua posição nesse mercado, caso já trabalhe com a internet, ou para ingressar nele.

Posições conceituais

Marcelo Trípoli, sócio da agência digital iThink, observa que até bem pouco tempo atrás a maior demanda era por gente especializada em atividades de tecnologia de produção, como programação e análise de sistemas. Hoje, o cenário é outro. “O mais difícil agora é encontrar profissionais para posições mais conceituais, como criação, planejamento e arquiteto da informação, principalmente pessoas com experiência nessas funções”, afirma.

A remuneração para essas atividades oscila muito, dependendo de fatores como tempo de atuação e premiações obtidas. No caso de criação, que se divide em redator e diretor de arte, por exemplo, o salário pode ir de dois mil reais, para um iniciante, a 20 mil reais, para pessoas experimentadas e com trabalhos reconhecidos.

“Se estivermos falando de um designer gráfico que se relacione mais com o trabalho
estético, por exemplo, o salário não vai ser tão bom quanto o de um diretor de arte premiado e elabore projetos mais sofisticados”, diz.

Planejador digital

A área de planejamento também é crítica no mercado. Isso se deve ao fato, argumenta Trípoli, de que durante um certo período o setor de internet foi visto como um campo eminentemente de produção, ou seja, que recebia uma demanda para um trabalho e o executava – criação de sites ou peças para campanha publicitária na web -, sem a necessidade do desenvolvimento de uma estratégia digital.

Com a evolução do setor, os clientes passaram a demandar projetos mais elaborados, o que exigiu um cuidado maior com o planejamento de longo prazo.

“É por isso que ainda não há muitos planejadores digitais experientes”, reforça Tripoli. Um profissional com três ou quatro anos de trabalho nessa função – o que é visto como uma boa  experiência – obtém uma remuneração próxima de dez mil reais, avalia Tripoli.

Arquiteto da informação

César Paz, sócio da agência digital AG2 e presidente da Associação Brasileira de Agências Digitais ( Abradi), também destaca a escassez de planejadores. Ele inclui na lista, no entanto, o gerente de projetos e o especialista em comunicação digital, cujos  salários variam entre 5 mil reais e dez mil reais, em sua estimativa.

"O planejador e o comunicador digital devem ter conhecimento da comunicação tradicional, mas com uma visão sobre o controle da marca no ambiente digital”, diz.

O arquiteto da informação é outra figura cobiçada. Responsável pela análise, design e a implementação de espaços informacionais, como sites e bancos de dados,  esse profissional pode ter um salário que vai de três mil reais, para iniciantes, a oito mil reais em média, diz Paz.

“São várias as atividades com falta de mão-de-obra. A demanda cresce mais rapidamente que a formação”, afirma.

Pesquisa

É por essa razão que a Abradi, entidade fundada em março, quer investir na capacitação profissional e no mapeamento de cargos e salários  do setor.

A entidade deve apresentar em breve o resultado de uma pesquisa com 120 associados para conhecer melhor as políticas salariais e de carreira das empresas do mercado de internet no Brasil. Assim, as companhias do setor terão novos parâmetros para definição de suas políticas de recursos humanos.

Por Clayton Melo, do IDG Now!