Surge Go, a linguagem de programação de código aberto do Google
12/11/2009
Criada para uso interno em servidores, linguagem foi liberada pela empresa para crescer com a colaboração de programadores de todo o mundo.
Para reduzir a complexidade do código sem comprometer o desempenho das aplicações, o Google decidiu criar uma nova linguagem de programação.
Chamada Go, a linguagem tem sido testada internamente, mas ainda está em fase experimental.
A divulgação, na terça-feira (10/11), foi feita sob licença de código aberto, na esperança de que isso ajude no desenvolvimento futuro.
"Nós criamos a Go porque ficamos frustrados com o quão difícil o desenvolvimento de software se tornou nos últimos 10 anos", explicou Rob Pike, principal engenheiro de software do Google.
A Go vem para oferecer uma forma mais eficiente de lidar com dependências, que é como são chamadas as práticas de reutilização de código, geralmente com base em bibliotecas.
A linguagem também foi projetada para lidar particularmente bem com tarefas multiprocessadas, graças a seu modelo de programação simultânea.
Dos servidores para o mundo
Faz dois anos que o Google começou a trabalhar com a Go. Há um ano, decidiu dedicar uma equipe ao projeto em tempo integral.
Ela foi concebida como uma linguagem para programação de sistemas, como servidores web, sistemas de armazenamento e bancos de dados.
No entanto, o Google está aberto para vê-la se estender a outras áreas.
Neste momento, a Go não é usada em nenhum serviço ou aplicação do Google para o usuário comum, pois ela ainda precisa de maturação - e é aí que entram os programadores de fora.
"Nós precisamos de melhores ferramentas e bibliotecas, e a comunidade de código aberto é ótima no auxílio a coisas desse tipo", ressalta Pike.
A criação dessa nova linguagem de programação marca o avanço do Google no reino dos blocos básicos da computação, motivados por um senso de urgência de torná-los melhores.
É esta mesma motivação que tem levado o Google a apostar no desenvolvimento do sistema operacional Android para celulares, do navegador Chrome e do sistema operacional Chrome, que ainda não foi lançado.
(Juan Carlos Perez)