Clicksergipe - Onde Sergipe é a notícia!
       



Pescadores participam de programa de preservação de tartarugas em SE

25/2/2009

Primeira base do Projeto Tamar no Brasil fica em Pirambu.
Neste ano, já foram lançados ao mar mais de cem mil filhotes.

A parceria entre pesquisadores e a comunidade está garantindo a preservação das tartarugas marinhas, em Sergipe. Com o trabalho, a espécie oliva, mais comum na região, agora tem mais chance de sobreviver.

O trabalho dos biólogos à procura de rastros de tartarugas que sobem na praia para desovar começa ao anoitecer. Eles logo encontram as primeiras. Numa operação rápida, pesam, medem e examinam os animais.

A cada temporad,a mais tartarugas são encontradas, o que tem permitido um maior conhecimento da espécie. "Com mais informação, a gente consegue adequar melhor o programa de conservação e as estratégias", explicou a bióloga Jackeline Castilhos.

O trabalho continua durante o dia, quando é possível ver a área da Reserva Biológica Santa Isabel, em Pirambu, primeira base do Projeto Tamar no Brasil.

Em 29 anos, o projeto já alcançou muitas vitórias, a maior delas foi o envolvimento das comunidades de pescadores que antes coletavam e consumiam as desovas. Hoje, são agentes de preservação. "Antigamente, o pessoal matava as tartarugas, comercializava e comia a carne. Antigamente, usavam a tartaruga de pente para fazer pente e armação de óculos", contou o pescador Adriano Henrique da Silva.

Ele e os amigos vivem na região. Se tornaram tartarugueiros, como são chamados os moradores que trabalham na preservação.

A consciência tem garantido a manutenção dessa espécie que durante muito tempo esteve na lista de animais em extinção e agora começa a se recuperar. ”Em relação às demais espécies, é uma das que a gente pode considerar que está em melhor situação”, avaliou o biólogo César Coelho.

Este ano, já foram lançados ao mar mais de cem mil filhotes. De cada mil, apenas um deve atingir a maturidade.

Do G1, com informações do Globo Rural