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O prefeito de Capela, Manuel Messias Sukita (PSB), fez críticas duras ao Governo do Estado, através da Secretaria de Segurança Pública minutos depois de tomar posse em um palanque armado na praça principal da cidade, onde se realizou a solenidade de posse para o segundo mandato e apresentação do Eduardo Costa, uma das atrações do momento.

Depois do show de Eduardo, houve tumulto na saída do cantor, sem que houvesse um esquema de segurança montado para proteger o artista, que tem muitos fãs e praticamente foi agredido por elas, que tentavam abraçá-lo, pedir autógrafo e chegar mais próximo do ídolo.

Segundo revelou o prefeito Manuel Messias Sukita, dias antes da solenidade, foi enviado documento à Secretaria de Segurança do Estado, solicitando reforço para o policiamento de Capela, para que não houvesse problemas de maior gravidade. Até a hora da posse e do show, não foi enviado um único soldado a mais para dar segurança à sociedade e ao artista, que precisa descer do palco sem problemas, em uma solenidade que acumulava pessoas aliadas e adversárias do prefeito.

Sem o policiamento solicitado, Sukita disse que subiu ao palanque e fez um discurso pesado contra a Secretaria de Segurança do Estado, dirigindo-se especialmente ao titular da Pasta, Kércio Pinto. Ontem o prefeito disse que o fato já deve ter chegado ao governador Marcelo Déda, que “certamente não gostou do que eu disse”.

O prefeito de Capela negou que tivesse feito críticas diretas ao governador Marcelo Déda, mas sabe que certamente atingiu o Governo em razão do que dissera sobre a Segurança do Estado. O prefeito lembrou que o episódio que aconteceu com ele na campanha, quando dois homens invadiram sua casa, até hoje não foi resolvido. Segundo informação da Segurança, a polícia desconfia de que o fato não aconteceu.

Um assessor diretor do governador Marcelo Déda disse que ele tomou conhecimento do gesto de Sukita e realmente não teria gostado, por se tratar de um aliado. A mesma fonte diz que geralmente os cantores têm seguranças particulares para protegê-los dos fãs, porque a polícia não pode estar de plantão para proteger a todos os artistas que cantam em Sergipe na noite de reveillon.