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Conquistas trabalhistas não avançaram em SE

3/1/2009

Correio de Sergipe

Em meio à crise econômica mundial que tende a se agravar em 2009, provavelmente, vai ser mais difícil para os trabalhadores negociarem com os patrões as perdas salariais, melhores condições de trabalho ou até benefícios que algumas categorias têm direito. Ao longo dos anos, na avaliação de alguns sindicalistas, a classe trabalhadora ficou achatada, ou seja, foi vítima de perdas salariais e o poder de compra foi reduzido, já que a inflação aumentou mais que os salários. Em algumas categorias, essas perdas chegaram a 10%. Porém, mesmo com o quadro apresentado, o clima ainda é de esperança e muita luta em busca de dias melhores. Em 2008, em Sergipe, a imprensa veiculou diversas notícias de manifestações, protestos, caminhadas de trabalhadores que reivindicam o cumprimento de direitos. Em 2009, não deve ser diferente.


Para o presidente do Sindifisco - Sindicato dos Auditores Fiscais de Sergipe, Cantidiano Novaes, a crise financeira deve ser vencida com uma junção de esforços e o trabalhador não pode ser prejudicado mais uma vez por decisões de empresários ou do poder público. "Nós entendemos que a crise não foi instaurada pelos trabalhadores e sim por pessoas que detêm poder há muito tempo e agora querem continuar ganhando. Portanto, a partir disso, entendemos que não é o trabalhador que deve pagar este preço. Para a crise ser vencida é necessário que os especialistas busquem os verdadeiros culpados de toda essa mazela", disse Novaes.


O sindicalista afirmou ainda que, ao contrário do que vem sendo veiculado, no que diz respeito a conquistas de direitos trabalhistas e recuperação de perdas salariais, em 2008, os avanços não foram consideráveis. Para os auditores fiscais, existem pendências que ainda não foram pagas pelo Governo do Estado ou que os trabalhadores estão sendo remunerados de forma não combinada em acordo depois de vários protestos no decorrer do ano. "Existem pendências na produtividade variável, no adicional noturno e em tantos outros direitos que reivindicamos no ano que passou. Por isso, em 2009, a luta vai continuar para que sejam corrigidos os erros. Os trabalhadores não vão calar. No ano passado foi difícil até manter o padrão de vida dos trabalhadores não só na classe, mas em diversas outras categorias", acrescentou Novaes.