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ARACAJU - Motoristas e cobradores de ônibus da capital sergipana decretaram greve geral, por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda, dia 23. Eles se reuniram, nesta manhã de quinta-feira, com representantes das empresas de transporte coletivo, mas não chegaram a um acordo de reajuste. Os empresários ofereceram um reajuste de 6,5% e a categoria rejeitou. Revoltados, cerca de 500 motoristas e cobradores fizeram uma caminhada de protesto na Avenida Tancredo Neves, deixando o trânsito congestionado por quase duas horas.
No próximo domingo os motoristas e cobradores de ônibus se reúnem na Praça da Bandeira para definirem como será a paralisação a partir desta segunda.
O prefeito de Aracaju Edvaldo Nogueira afirmou que encara "com naturalidade" as diversas greves que estão ocorrendo na cidade. Além dos motoristas de ônibus, médicos, agentes de endemias e professores estão em greve na cidade. O prefeito disse ainda que vai tomar as medidas cabíveis com relação ao cumprimento da lei no caso dos agentes de endemia, que estão em estágio probatório e, mesmo assim, deflagraram greve na última quarta-feira.
- A Constituição garante que os agentes em estágio probatório devem cumprir as atividades. Vou estudar a lei e todas as medidas cabíveis serão tomadas - disse Edvaldo Nogueira, lembrando que o estágio probatório é de três anos.
A maioria dos agentes assumiu os cargos em novembro do ano passado e outros no último mês. Os professores, que estão lutando pela implantação do piso nacional de R$ 950, estão paralisados desde o dia 16. Já os médicos estão de braços cruzados há 16 dias.
- Estamos num momento de dissídio coletivo comum nos meses de março e abril. Então acho natural as paralisações - completou o prefeito, ao ressaltar que não há previsão para apresentar uma proposta concreta aos médicos da rede municipal.
- Acho a greve dos médicos errada. É a primeira vez que eu vejo uma categoria entrar em greve antes de uma proposta do governo. O dissídio é até abril. Eu tenho até lá para apresentar uma proposta. E a população não está desassistida. Há médicos contratados. Vou apresentar proposta quando tiver uma proposta - afirmou o prefeito.
Com relação à greve dos professores Edvaldo Nogueira também foi taxativo.
- Eu já paguei o piso de R$ 950 a partir desse mês - garantiu.
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