Entidades foram às ruas protestar contra as punições que os trabalhodores vem sofrendo por conta de crise econômica
Acontece nesta segunda-feira, 30, em diversas partes do país o Dia Nacional de Mobilização no combate à crise, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Em Sergipe, o ato contou com a
participação de diversos sindicatos, centrais sindicais e movimentos sociais que saíram às ruas com um grito de protesto contra a crise mundial, que tem afetado principalmente o trabalhador.
“Nós não vamos pagar a conta pela crise, ao contrário do que pensam os empresários e setor público”, afirma Antônio Góis. Ele critica a forma com que as negociações vem sendo travadas com os trabalhadores e defende a redução das taxas de juros, entre outras medidas, para minimizar os impactos. “A crise tem que ser enfrentada com a valorização do trabalho”, ressalta Góis.
“Este ato é muito importante para mostrar que só existe crise para os trabalhadores. Os governos não foram afetados tanto que os secretários municipais receberam aumento de mais de 50%”, afirma um dos diretores do Sindimed, João Augusto. A categoria permanece paralisada e de acordo com ele a perspectiva é de que a greve, que completa um mês esta semana, irá continuar.
Rosilene Silva, representante do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e de Combate a Endemias de Aracaju (Sacema), esteve presente ao ato junto com outros agentes de saúde do município de Aracaju com o objetivo de apoiar a luta dos colegas trabalhadores. “Além disso, estamos pedindo apoio para a nossa luta por um salário que nos é de direito”, afirmou. Os agentes fizeram uma greve branca recentemente e mantém os trabalhos à passos de tartaruga para forçar uma negociação com a prefeitura.
O ato também contou com apoio de autoridades, como a deputada, e ainda secretária, Ana Lúcia, de dezenas de integrante do Movimento dos Sem Terra (MST) que permanecem na luta pela reforma agrária, de diversos sindicatos, cada um com suas bandeiras de protesto, e também de estudantes. “Estamos aqui sendo solidários à classe trabalhadora e trazendo nosso protesto contra a tarifa de ônibus que é cobrada e o sucateamento do transporte coletivo”, declarou o estudante universitário Cleidson Carlos.
Por Carla Sousa - INFONET