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Greve de médicos, enfermeiros e atendentes deixa população de Aracaju sem atendimento

2/4/2009

O GLOBO

ARACAJU - A população de Aracaju está sem atendimento na área da saúde há um mês. Além da greve dos médicos, que completa um mês nesta sexta-feira, enfermeiros e servidores de nível médio da rede municipal de Saúde também resolveram paralisar as atividades a partir desta quinta. Nesta manhã, as categorias se juntaram e foram para porta da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) para protestar e comunicar à população os motivos do movimento.

Com as três greves, praticamente todos os atendimentos nos postos de saúde, centros de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar), centros de Referência de Assistência Social (CRAS), hospitais municipais, entre outros, serão prejudicados. Ou seja, a população ficará completamente desassistida. O reajuste de 1% proposto pela prefeitura na última semana não foi aceito pelas categorias. São cerca de 1.500 servidores de nível médio e de 220 enfermeiros em greve.

- Somente os serviços de urgência e emergência vão funcionar, em cumprimento aos 30% previsto na Lei de Greve - disse a presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Flávia Brasileiro. As duas categorias já estavam em estado de greve desde a última segunda-feira, 30 de março.

Os enfermeiros pedem reajuste de 15%. E, na contrapartida, o prefeito Edvaldo Nogueira disse que só vai dar 1%. Além disso, os enfermeiros também querem redução da carga horária na rede de emergência, de 36 horas semanais para 24 horas por semana, entre outras reivindicações.

- Nós não somos intransigentes. Temos flexibilidade em todas as negociações. Mas, não podemos aceitar um reajuste de 1%. Também não entendemos porque essa relutância em reduzir a carga horária. Aracaju é a única cidade que os enfermeiros trabalham mais de 30 horas semanais na rede de urgência. Com isso, os profissionais têm sobrecarga de trabalho, o que prejudica a qualidade do atendimento - ressaltou Flávia Brasileiro.

Quanto aos servidores de nível médio, o sindicato da categoria afirma que o reajuste de 1% provocou a greve por ser inaceitável.

O GLOBO apud Emsergipe.com