O governador Marcelo Déda (PT) disse ontem ter recebido com tranqüilidade a posição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que por unanimidade negou-lhe o recurso contra decisão individual do ministro Felix Fischer determinando o prosseguimento do processo que pede a cassação do seu mandato.
Na avaliação do governador, o processo está sem autor, já que o Ministério Púbico Eleitoral (MPE) não reivindicou sua autoria, o PAN não existe mais e o PTB não tem como requerer contra o governador que ele (PTB) ajudou a eleger por ter integrado a coligação.
Como o TSE entende que mesmo nessas condições tem que prosseguir a sua tramitação, vamos enfrentar o mérito, porque no mérito também eu não tenho nenhuma preocupação. Não pratiquei nenhuma ilegalidade e nem usei de qualquer artifício para vencer as eleições, a não ser uma proposta, um projeto e o trabalho que foi aprovado pelo povo, disse.
Perguntado sobre as declarações do ex-governador João Alves Filho (DEM) de que, quando governador, nas vésperas das eleições de 2006, foi procurado por um empresário que lhe propôs ganhar as eleições fraudando as urnas eletrônicas, Déda disse acreditar que, depois do ex-governador revelar o fato, o próximo passo do ex-governador será procurar o Departamento da Polícia Federal e o Ministério Público Eleitoral e entregar o nome da empresa ou da pessoa que lhe fez essa proposta de nítido caráter criminoso. Quem propôs isso estava atentando contra a democracia, contra a justiça e a Lei Eleitoral.
Acho que o ex-governador tem condições de dar uma grande contribuição para afastar esse tipo de gente da vida política brasileira.
Chico Freire - JORNAL DO DIA